O “patrão” da Fórmula 1, Bernie Ecclestone, vai pagar 100 milhões de dólares (cerca de 75 milhões de euros) para pôr fim ao julgamento em que o britânico era acusado de corrupção, mediante um acordo judicial com um tribunal alemão.
O juiz da Audiência de Munique, Peter Noll, decidiu esta terça-feira aceitar o acordo proposto pela defesa e suspender as diligências judiciais contra o britânico, que era julgado desde 24 de abril por ter pagado, em 2006 e 2007, 44 milhões de dólares (cerca de 31,8 milhões de euros) de subornos ao banqueiro Gerhard Gribkowsky, que trabalhava para o banco público da Baviera Bayern LB, visando concluir a venda de direitos da F1 ao fundo de investimento CVC Capital Partners.
O tribunal alemão estipulou que Bernie Ecclestone, o “dono disto tudo” da Fórmula 1, deverá transferir os 100 milhões de dólares, dos quais 99 milhões irão diretamente para os cofres do Estado da Baviera e um milhão para uma fundação de ajuda a crianças.
Antes da decisão judicial, o procurador Christian Weiss também se revelou favorável à retirada da queixa em troca com o pagamento desta soma milionária.
Por seu turno, o advogado de Ecclestone, Sven Thomas, rejeitou considerar que o pagamento deste montante fosse considerado um acordo com a justiça, acrescentando que a demissão de causas é um procedimento legal decorrente destes casos.
“Não é um acordo. Não tem nada a ver com a compra da liberdade”, frisou Thomas.
O pagamento deste montante vai evitar que Ecclestone, de 83 anos, veja prolongado o seu julgamento por corrupção, iniciado no passado mês de abril, assim como manter a sua posição de domínio na Fórmula 1, que que estava em causa no caso de ser condenado.
ZAP/Lusa