Dora pintou de branco vários pontos do país. Houve escolas fechadas e estradas encerradas

Pedro Sarmento Costa / Lusa

A depressão Dora, que esta sexta-feira começou a assolar Portugal, pintou vários pontos do país de branco, obrigando ao encerramento de escolas e estradas.

A Proteção Civil registou, entre as 00:00 e as 12:00 desta sexta-feira, 144 ocorrências, a maioria relacionadas com a queda de árvores e neve, na sequência da passagem da depressão Dora, que está a afetar Portugal continental.

Em declarações à agência Lusa, o comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) Carlos Pereira avançou que, das 144 ocorrências, 68 foram relacionadas com queda de árvores e 48 de desobstrução de vias devido à neve.

Os distritos mais afetados foram Vila Real, Viseu, Coimbra e Leiria.

A maior parte das ocorrências registaram-se entre as 09:00 e as 12:00, hora em que “as pessoas começaram a sair de casa” e a ir para o trabalho.

Até às 09:00, a Proteção Civil tinha registo de 44 ocorrências, a maioria também relacionadas com a queda de árvores e de neve.

Segundo Carlos Pereira, nas últimas horas a situação tem estabilizado e “pouco mais tem havido”. O comandante notou também que as estradas de acesso ao maciço central da Serra da Estrela continuam encerradas devido à queda de neve.

Por precaução e devido à neve, as escolas ficaram fechadas em Montalegre e Vila Pouca de Aguiar e, em concelhos como Boticas e Valpaços, alguns transportes escolares provenientes das zonas mais altas não se realizaram.

A região Norte foi a mais afetada pela passagem da depressão Dora, segundo o Público.

O mau tempo que se vai fazer sentir no continente pelo menos até sábado surge na sequência da passagem em Portugal continental da depressão Dora, que trouxe vento forte, precipitação, neve e descida da temperatura.

Desagravamento de condições no final de sábado

A s condições meteorológicas adversas devido à passagem da depressão Dora devem manter-se por mais 24 horas, confirmou o novo comandante da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), André Fernandes, que tomou esta sexta-feira posse.

“Mantemo-nos em estreita articulação com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA), mas prevê-se que esta situação demorará mais 24 horas, com desagravamento no final do dia de amanhã [sábado]”, afirmou André Fernandes, assinalando a “relativa calma” do ponto de situação sobre os efeitos da depressão Dora em Portugal continental.

Em declarações aos jornalistas após a cerimónia, na qual esteve presente a secretária de Estado da Administração Interna, Patrícia Gaspar, o dirigente recém-empossado circunscreveu um impacto significativo do mau tempo a algumas regiões, com especial enfoque no Norte e nas terras altas.

“Apenas algumas regiões do Norte, nomeadamente as regiões de Peneda-Perês, Estrela e o distrito de Viseu, têm alguma neve e a afetação normal neste tipo de situações. Há alguma queda de árvores, mas, do ponto de vista geral, estamos a acompanhar a situação e não há nada digno de registo”, sintetizou.

ZAP // Lusa

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