Foi José Ornelas que, no final de 2021, anunciou a criação de uma comissão independente para o estudo dos abusos na Igreja Católica em Portugal.
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, Dom José Ornelas, assumiu segunda-feira que foram abafados casos de abusos sexuais de menores na igreja católica e confessou uma “tristeza muito grande” por ver envolvido o nome de Ximenes Belo.
Questionado, em entrevista na CNN Portugal, se assumia que “durante anos foram abafados casos” de abusos sexuais na igreja católica, o bispo da diocese de Leira-Fátima foi taxativo na resposta. “Foram [abafados]. E isso não é bom“, respondeu Dom José Ornelas.
A questão estava relacionada com as suspeitas que envolveram recentemente o bispo timorense, Dom Ximenes Belo, das quais Ornelas garantiu ter tido conhecimento apenas “nestes dias” e “com uma grande tristeza”.
“Pensava que o conhecia. É uma tristeza muito grande. Penso nele, nas vítimas dele e penso naquilo que estas vítimas significam, que é precisamente o contrário daquilo que nós [igreja católica] devíamos ser”, comentou.
Na mesma entrevista, Dom José Ornelas, pediu ainda perdão às crianças vítimas de abusos sexuais por parte de padres da igreja católica e garantiu que os visados serão excluídos da igreja se forem condenados.
“Eu peço sempre desculpa a estas pessoas, sempre que falo disto. Não é desculpa, é precisamente perdão a estas pessoas. Porque estas pessoas foram abusadas onde menos deviam ter sido“, disse o bispo da diocese de Leiria-Fátima.
Dom José Ornelas assegurou ainda que os padres visados “serão excluídos do ministério da igreja se são condenados por pedofilia” e lembrou que “até lá têm sido retirados do ministério”.
O Ministério Público (MP) confirmou no sábado estar a investigar o bispo D. José Ornelas, presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, por alegado encobrimento de abusos sexuais, revelando que já houve uma investigação com possíveis ligações a este caso em 2011.
“Confirma-se a receção de participação provinda da Presidência da República. A mesma foi transmitida ao Ministério Público de Braga e ao DIAP [Departamento de Investigação e Ação Penal] de Lisboa para análise”, esclareceu a Procuradoria-Geral da República (PGR) numa resposta enviada à agência Lusa, na sequência da notícia avançada pelo Público.
Além da investigação iniciada no final de setembro pelo DIAP de Lisboa, a PGR adiantou também que já existiu um inquérito em 2011 com possíveis ligações a este caso, mas remeteu mais informações para a consulta do respetivo processo.
Em comunicado, a Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) assegurou que o seu presidente, José Ornelas, “deu indicações” em 2011 para que suspeitas de abuso sobre crianças num orfanato em Moçambique fossem investigadas, não tendo sido encontradas evidências de “possíveis abusos“.
A CEP refere que “passados todos estes anos”, o atual presidente da Conferência Episcopal Portuguesa “foi surpreendido com a informação” de que decorre uma investigação na PGR, “sem que, até ao momento, tenha recebido qualquer notificação e cujo conteúdo desconhece”.
Na mesma entrevista, José Ornelas revelou ainda que Marcelo Rebelo de Sousa o alertou previamente de que iria enviar uma denúncia sobre o próprio para a Procuradoria-Geral da República.
José Ornelas, de 68 anos, preside à CEP desde 16 de junho de 2020 e é bispo de Leiria-Fátima desde 13 de março deste ano. Ocupou o cargo de superior geral dos Dehonianos entre 27 de maio de 2003 e 6 de junho de 2015.
Especialista em Ciências Bíblicas, doutorado em Teologia Bíblica pela Universidade Católica Portuguesa, José Ornelas chegou a fazer formação missionária em Moçambique.
Foi José Ornelas que, no final de 2021, anunciou a criação de uma comissão independente para o estudo dos abusos na Igreja Católica em Portugal, que é coordenada pelo pedopsiquiatra Pedro Strecht e que deverá apresentar as conclusões do seu trabalho em janeiro do próximo ano.
// Lusa
O ABAFAMENTO que acontece na Igreja, também acontece na Justiça, e aqui os abafadores vão desde a ex- Procuradora-Geral da República distrital de Coimbra, Maria José Bandeira, ao CSM e CSMP.
TRAIDORES
O ABAFAMENTO que se verifica na igreja, também acontece na justiça, aqui os abafadores, são, a ex- Procuradora Geral da República distrital, Maria José Bandeira, o CSMP e o CSM.
Neste caso, temos uma “VIGARISTA” em funções como subdiretora geral da DGAJ, Ana Cláudia Cáceres dos Santos Figueiredo Pires, nomeada pelo governo de A. Costa em comissão de serviço
Então quem a nomeou é da mesma laia. Isto está de pantanas. É vigaristas em qualquer esquina,
Eu acho que o Sr Bispo sabe do que fala…!
Este sr. bispo quanto mais fala mais se enterra. Deveria resignar com urgência.
Há a Fé e a Religião . São dois conceitos que podem ser complementares ou singulares , pode haver Fé sem pertença Religiosa ou Religião com pouca Fé ou nenhuma , como dizia um Sacerdote meu Amigo (Há por ventura fora deste Edifício lítico) mais Cristãos que os que aqui se sentam . Certo é que a pertença a uma Ideologia Religiosa pode ser uma questão de Fé , enquanto o simples fato de ter Fé em algo Divino não nécessita obrigatoriamente de se submeter a um Dogma Institucional . Certo é que cada vez mais , vem a Publico fatos ocultados por a Instituição Católica que por este andar , poem a sua credibilidade e “Santidade” em questão ! … é a simples observação do Agnóstico que sou !