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Em dois meses foi apreendida quase tanta cocaína como no ano passado

ukhomeoffice / Flickr

Em janeiro e fevereiro, a Polícia Judiciária apreendeu quase tanta cocaína em Portugal como em todo o ano passado.

Segundo o Jornal de Notícias, nos primeiros meses deste ano, contam-se já 3695 quilos, enquanto em 2018 foram detetados pelas autoridades 5036 quilos.

A verdade é que o aumento da quantidade de droga apreendida tem sido uma constante nos últimos anos. Em 2016, foram recuperados 1132 quilos, enquanto em 2017 o valor saltou para mais do dobro, 2672 quilos. A tendência manteve-se no ano passado e a perspetiva é que continue em 2019.

Esta tendência está relacionada com o aumento significativo da produção da droga na Colômbia, Bolívia e Peru, explica o diretor da Unidade de Combate ao Tráfico de estupefacientes da Polícia Judiciária, Artur Vaz, ao matutino.

Além disso, outro fator que contribui para esta tendência é a maior eficácia policial. “As autoridades dos diversos países europeus têm concentrado a sua atenção no combate ao tráfico de droga, especialmente ao tráfico por via marítima.”

João Goulão, diretor dos Serviços de Intervenção nos Comportamentos Aditivos e nas dependências, frisa ainda que “desde a entrada em vigor da lei de descriminalização das drogas”, as autoridades “têm concentrado a atenção nas principais rotas do tráfico”.

Contudo, o crescimento do tráfico não significa necessariamente que se esteja a consumir mais em Portugal. O nosso país é encarado pelos traficantes como uma porta de entrada na Europa, onde chegam várias cargas de cocaína por via marítima.

“Há ainda um grande número de embarcações que fazem o transporte de mercadorias entre esta região e a Península ibérica. Também somos um país próximo do Norte de África, onde se produz o haxixe. É natural que as organizações criminosas se aproveitem das estruturas existentes”, afirma Artur Vaz.

ZAP //

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