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Descobriu-se finalmente como é que dinossauros de 2 toneladas chocavam os ovos sem os partir

Doyle Trankina, Gerald Grellet-Tinner / UCLA

Os pequenos ovirraptorossauros da Mongólia são os dinossauros mais próximos dos pássaros atuais

Uma nova investigação científica descobriu como é que dinossauros gigantes, com um peso semelhante a um rinoceronte dos dias actuais, se sentavam nos seus ovos, para os chocarem, sem os partirem. E sim, também era com muito cuidadinho!

Esta pesquisa científica, publicada na quarta-feira no jornal Biology Letters, centrou-se nos ninhos dos ovirraptossauros, dinossauros terópodes, com cabeças parecidas com as dos papagaios e cristas semelhantes às dos casuares actuais, que pesavam entre os 37 quilos e os 2000 quilos.

A investigação apurou que os ninhos destes dinossauros gigantes tinham formatos diferentes, conforme o seu tamanho.

Assim, os ovirraptossauros maiores tinham ninhos em forma de donuts, com buracos no meio, em torno dos quais alinhavam os ovos em círculo, o que lhes permitia sentarem-se sobre eles sem os partirem.

Já os ovirraptossauros mais pequenos tinham ninhos sem buracos ou com buracos mais pequenos, sentando-se directamente sobre os ovos.

“Os oviraptossauros parecem ter-se adaptado para conseguirem sentar-se nos seus ninhos, mesmo com um corpo de tamanho gigante”, explica ao Live Science a co-autora do estudo Darla Zelenitsky, professora de Paleontologia na Universidade canadiana de Calgary.

A investigadora nota que estes dinossauros seriam “muito exigentes quanto ao modo como os seus ovos eram organizados no ninho”. Um dado que explica porque é que os vestígios de ninhos encontrados se apresentam praticamente intactos. Esta circunstância permitiu aos paleontólogos medirem todo o seu diâmetro, bem como o buraco no meio.

O estudo menciona ninhos com cerca de 40 centímetros, no caso dos ovirraptossauros de cerca de 40 quilos, e ninhos que podiam chegar até aos cerca de 3 metros, no caso dos ovirraptossauros com 1500 quilos.

Quanto maior o dinossauro, maior é o diâmetro do buraco ao meio, apontam os investigadores, referindo que esta configuração seria menos eficaz, para manter os ovos quentes.

“Este comportamento de ninhada pode ter sido menos eficiente nas espécies maiores, porque pode ter havido menos contacto com os ovos devido à configuração modificada dos seus ninhos”, concluem os autores do estudo.

SV, ZAP //

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