Um anel de diamante comprado por pouco mais de 11 euros numa feira de objectos usados há 30 anos foi vendido esta semana por cerca de 750 mil euros.
A jóia foi arrematada esta quarta-feira, por quase o dobro do valor esperado, que era de 400 mil euros. A sua proprietária acreditava que a pedra, de “tamanho fora do comum”, era uma bijuteria de baixo valor quando a comprou em Londres, nos anos 1980.
Mas, na verdade, tratava-se de um diamante branco de 26 quilates do século 19. Sem saber disso, a proprietária usou o anel todos os dias, durante décadas.
Jessica Wyndham, directora do departamento de jóias da casa de leilões Sotheby’s, diz que “o anel foi comprado como se fosse uma jóia falsa. Ninguém sabia que era valioso. A sua dona tinha estado em algumas feiras de usados ao longo dos anos, mas não coleccionavam antiguidades ou diamantes”, contou Wyndham.
“Foi um golpe de sorte, um achado incrível“. Wyndham explicou que a mulher – que não quer ser identificada – presumiu que a pedra não era preciosa, porque estava junto a um “monte de porcarias” e não brilhava como um diamante.
O estilo antiquado da lapidação do diamante “poderia fazer as pessoas pensarem que não era uma jóia verdadeira”, acrescentou a responsável da Sotheby’s.
“Por causa do seu formato de almofada, a luz não é reflectida com tanta intensidade quanto deveria em comparação com os estilos modernos de lapidação. Foi trabalhado de forma a manter o seu formato natural e preservá-lo ao máximo, em vez de o tornar o mais brilhante possível”, disse.
Depois de o usar durante 30 anos, a dona do anel e o marido o levaram-no à casa de leilões depois de um joalheiro lhes ter dito que poderia ser valioso.
“Eles não tinham ideia do valor do diamante. A maior parte de nós nem consegue imaginar o que é ter um diamante assim tão grande nas mãos”, realça Jessica Wyndham.
// BBC