Os trabalhadores que faziam obras num supermercado francês fizeram uma macabra descoberta: dezenas de esqueletos, em sepulturas comuns, de pessoas que terão vivido na Idade Média.
Quando levantavam o chão da cave de um supermercado localizado nas imediações de Paris, durante as obras de renovação do espaço, os trabalhadores encontraram mais de 200 corpos de homens, mulheres e crianças, alinhados metodicamente.
Os esqueletos não apresentam sinais visíveis de lesões ou de ferimentos e acredita-se que terão sido enterrados no seguimento de alguma epidemia ou incidente que motivou mortes em massa.
Uma equipa multidisciplinar está já a investigar os esqueletos, nomeadamente no sentido de determinar a data em que as mortes ocorreram, de modo a poder definir a causa de morte.
Até agora, os arqueólogos já encontraram oito covas comuns em níveis diferentes da cave – uma das covas conterá mais de 150 corpos, enquanto as restantes terão entre 5 a 20 corpos, adianta o diário francês Le Figaro.
O jornal reporta que os esqueletos foram encontrados no local onde se situava, outrora, um cemitério, localizado mesmo ao lado de um hospital edificado no Século XII e destruído no fim do Século XVIII, aquando da Revolução Francesa.
“O que é espantoso, é que os corpos não foram atirados, mas dispostos com cuidado, de forma organizada”, sublinha a arqueóloga Isabelle Abadie, citada pelo Le Figaro, frisando que tal terá sucedido no sentido de aproveitar ao máximo o espaço, um sinal de que terá ocorrido um número muito significativo de mortes.
Esta descoberta é encarada com entusiasmo pela comunidade científica, já que poderá ajudar a perceber como é que eram sepultados os mortos durante a Idade Média, nomeadamente em circunstâncias de mortes em massa devido a epidemias ou fome.
SV, ZAP