Detido português que geria o RaidForums, um dos maiores grupos de hackers do mundo

A Europol, a agência policial europeia, anunciou hoje o encerramento de uma das maiores plataformas de hackers do mundo, que vendia acesso a banco de dados de várias empresas norte-americanas que tinham sido alvo de ciberataques.

A sua “infraestrutura” foi apreendida e o seu administrador e os seus dois cúmplices foram detidos, adianta a Europol, em comunicado.

Um deles, um português de 21 anos, residente em Lisboa, foi detido no Reino Unido, em janeiro, escreve o Público.

“Na sequência da divulgação efetuada pelas autoridades norte-americanas e pela Europol, referente à Operação Tourniquet, a Polícia Judiciária confirma que, através da Unidade Nacional de Combate ao Cibercrime e à Criminalidade Tecnológica (UNC3T), participou na investigação, que culminou com as detenções de vários suspeitos, as quais ocorreram na Europa e nos Estados Unidos da América”, lê-se no comunicado enviado às redações.

Lançado em 2015, o RaidForums tinha mais de meio milhão de utilizadores, de acordo com a Europol, e era um dos maiores fóruns de ‘hackers’ do mundo.

“Esta plataforma fez o seu nome vendendo acesso a bancos de dados vazados muito mediatizados de várias empresas norte-americanas em diferentes setores”, acrescentaram as autoridades policiais europeias.

“Os bancos de dados têm informações sobre milhões de cartões de crédito, números de contas bancária”, bem como nomes de utilizadores e palavras-chave associados necessários para aceder a contas ‘online’, referiu a Europol.

A operação batizada de “Torniquete” foi coordenada pela Europol que apoiou investigações nos Estados Unidos, Reino Unido, Suécia, Portugal e Roménia.

A operação foi o “culminar de um ano de planificação meticuloso entre as autoridades policiais envolvidas na preparação da ação”, rematou a Europol.

“A disrupção sempre foi uma técnica chave na ação contra ameaças online. Por isso, atacar fóruns que armazenam enormes quantidades de dados roubados deixa os criminosos com problemas. A Europol vai continuar a operar com os seus parceiros internacionais para tornar o cibercrime mais complicado”, adiantou Edvadas Sileris, chefe do Centro de Cibercrime Europeu da Europol.

Daniel Costa, ZAP // Lusa

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