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Descobertos novos detalhes do livro egípcio sobre a vida após a morte

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Osama Shukir Muhammed Amin / FRCP Glasg

Parte do ‘Livro da Respiração’ egípcio.

Um investigador norte-americano descobriu novos detalhes sobre a coletânea de livros egípcios sobre a vida após a morte, conhecida como ‘Livro da Respiração’.

Livro da Respiração é a designação dada a uma coletânea de feitiços, fórmulas mágicas, orações, hinos e litanias do Antigo Egito. Neste contexto, a palavra “respiração” é metafórica para todos os aspetos desta vida que o falecido desejava sentir infinitamente na vida após a morte.

O objetivo destes textos era ajudar o morto na sua ida para o outro mundo, afastando eventuais perigos que este poderia encontrar na viagem para o Além. Os antigos egípcios tinham tanta certeza da existência de uma vida além da morte, que tinham toda a jornada mapeada.

Recentemente, o professor norte-americano Foy Scalf, líder dos Arquivos de Investigação da Universidade de Chicago, analisou pela primeira vez o ‘Primeiro Livro da Respiração’. Aquilo que descobriu está descrito num estudo publicado em outubro na revista científica Journal of Near Eastern Studies.

A análise de Foy Scalf foi possível graças a uma doação do magnata norte-americano Edward E. Ayer ao Museu Field de História Natural, em 1894, de um artefacto conhecido como Papiro FMNH 31324. Os resultados da investigação revelam detalhes nunca antes conhecidos sobre as preparações dos egípcios para a vida no Além, escreve o Ancient-Origins.

De acordo com as tradições egípcias, o ‘Primeiro Livro da Respiração’ era posicionado sob a cabeça do falecido, enquanto o ‘Segundo Livro da Respiração’ era colocado sob os pés.

Scalf descobriu que o ‘Primeiro Livro da Respiração’ foi criado através de um “processo exegético cuidadoso”, começando com uma seleção de feitiços do antigo ‘Livro dos Mortos’. Os feitiços escolhidos deste último livro tinham como objetivo preparar o falecido para conhecer o panteão dos deuses.

O investigador sabe agora que o texto foi inscrito e ilustrado por um único escriba. Scalf diz ainda que no ‘Primeiro Livro da Respiração’ há vários casos em que o escriba cometeu erros. Existe uma confusão repetida de pronomes, sinais hieráticos e ordem de cópia, que Scalf diz serem típicos ao copiar materiais de origem mais antiga.

ZAP //

4 Comments

    • Noutros tempos acreditavam… é uma questão de cultura da altura… e actualmente saber exactamente isso que eu disse. Estudar é importante

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