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“Yeti Cósmico”. Descoberta monstruosa galáxia nunca antes vista

James Josephides/Christina Williams/Ivo Labbe

Recorrendo ao radiotelescópio ALMA, uma equipa de cientistas da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos, conseguiu detetar uma monstruosa galáxia das etapas iniciais da formação do Universo. 

Os cientistas, que agora detalham a descoberta num artigo publicado esta semana na revista científica The Astrophysical Journal, batizaram a galáxia de “Yeti Cósmico”, uma vez que fotografá-la é tão difícil como fotografar as pegadas do mítico Homem das Neves.

Christina Williams, autora principal da investigação, notou um ligeiro ponto de luz enquanto fazia observações com o complexo de radiotelescópios ALMA, localizado no alto das montanhas do deserto do Atacama, no Chile, conta a CNN.

Em comunicado esta terça-feira divulgado, a universidade norte-americana, explica que o brilho parecia não estar ligado a nenhuma galáxia conhecida, o que significa que, provavelmente, estaria longe e oculto por nuvens de poeira.

A emissão observada por Williams deve-se “ao brilho das partículas de poeira aquecidas pelas estrelas que se formam dentro de uma galáxia jovem”, pode ler-se na nota. Estas partículas foram nuvens gigantes que escondem a luz das estrelas, tornando assim as galáxias completamente invisíveis.

Os cientistas estimam que o sinal tenham demorado 12.500 milhões de anos a chegar até à Terra, o que pode dar uma visão do Universo nos seus primeiros anos.

“Descobrimos que a galáxia é realmente uma enorme galáxia monstruosa com tantas estrelas como a Via Láctea, mas cheia de atividade, que forma novas estrelas 100 vezes mais rápido do que a nossa galáxia”, acrescentou o co-autor do estudo, Ivo Labbé, da Universidade de Tecnologia de Swinburne, na Austrália.

Até ao momento, não tinham sido encontradas evidências de galáxias “monstruosas” deste tipo. Por isso, sustentam os cientistas, a nova descoberta fornece novas informações sobre as grandes galáxias do Universo que não conhecemos ainda.

ZAP //

 

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