Um equipa de investigadores descobriu uma nova espécie de Rã de Árvore de patas alongadas, cuja função é, para já, desconhecida, revela um novo estudo, publicado recentemente na revista ZooKeys.
A expedição dos cientistas da Pontifícia Universidade Católica do Equador numa montanha da Cordilheira do Condor nos Andes Orientais, que faz fronteira entre o Peru e o Equador durou duas semanas, tal como menciona o comunicado divulgado a 3 de janeiro, que dá conta dos resultados da investigação. A espécie foi descoberta junto aos rios da área numa pequena floresta.
“Os rios tinham águas negras e rãs estavam sentadas ao longo do curso, em galhos de cor castanha semelhante à cor das rãs” e, por isso, foi difícil encontrá-las, uma vez que se misturavam com o próprio ambiente natural, explicou Alex Achig, um dos investigadores.
A análise dos dados genéticos e morfológicos mostrou que a rã encontrada representa uma espécie até então desconhecida. O animal recebeu o nome de Hyloscirtus hillisi, em homenagem ao cientista David Hillis, que encontrou três espécies do mesmo género na década de 1980. A nomeação da espécie está descrita no artigo esta semana publicado.
O anfíbio “é caracterizado por uma cor castanha-escura com manchas laranja-claro contrastantes”. Além disso, os especialistas indicaram que tem “uma estrutura alongada extraordinária, semelhante a uma garra, localizada na base do polegar”. No momento, a função das suas patas alongadas é desconhecida, mas os cientistas acreditam que possa servir como um instrumento de proteção contra predadores ou então como ou uma “meio” que estes animais usam na luta entre machos.
Apesar de extraordinária e recentemente descoberta, a espécie Hyloscirtus hillisi corre perigo de extinção, devido à atividade de mineração em grade escala levada a cabo por uma empresa chinesa perto do seu habitat.
ZAP // RT