Seis desalojados e dois feridos devido ao mau tempo. Alerta vermelho para domingo

Paulo Farinha / Lusa

Seis pessoas desalojadas e dois feridos ligeiros é o balanço do mau tempo que se faz sentir no país, tendo sido registadas 773 ocorrências. A costa portuguesa está em alerta vermelho entre as 3:00 e as 15:00 de domingo.

“Continuamos a assistir a condições meteorológicas adversas, com vento forte, precipitação e agitação marítima. Desde as 00:00 de sexta-feira que temos registadas 773 ocorrências, sendo os distritos mais afetados Lisboa, Santarém, Castelo Branco e Setúbal”, disse à Lusa fonte do ANPC.

Segundo a mesma fonte, as principais ocorrências estão relacionadas com quedas de árvores, quedas de estruturas, limpeza de vias e inundações, existindo registo de seis pessoas desalojadas e dois feridos.

“Seis pessoas ficaram desalojadas devido a inundações, quatro em Oeiras e duas em Odivelas. Temos também registo de dois feridos ligeiros, um em Odivelas e um em Santarém, e duas pessoas que foram assistidas devido à queda de uma árvore em cima de um carro em Almada”, afirmou.

A ANPC refere ainda que o alerta subiu de amarelo para laranja devido a um aumento da agitação marítima em toda a costa, com ondas de cinco a sete metros, que podem chegar aos 12 metros.

“Temos 13 barras fechadas e sete condicionadas. Esta é uma situação que se vai manter e está previsto para domingo um agravamento da agitação marítima”, disse.

A ANPC refere ainda que existem avisos para uma possível queda de neve em Bragança, Guarda, Vila Real e Viseu.

Toda a costa portuguesa sob aviso vermelho

Onze distritos de Portugal continental estão sob aviso laranja devido à forte agitação marítima, precipitação e vento forte, segundo o Instituto Português do Mar e da Atmosfera.

O IPMA prevê colocar sob aviso vermelho toda a costa portuguesa, entre as 03:00 e as 15:00 de domingo, devido à previsão de forte agitação marítima.

Segundo o IPMA, estão sob aviso laranja os distritos de Viana do Castelo, Braga, Porto, Vila Real, Aveiro, Coimbra, Leiria, Lisboa, Setúbal, Beja e Faro.

O aviso laranja indica uma situação meteorológica de risco moderado a elevado, enquanto o aviso vermelho refere uma situação meteorológica de risco extremo.

Populações ribeirinhas aconselhadas a tomar precauções devido à subida do Tejo

O Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Santarém aconselhou a população das zonas ribeirinhas do distrito a tomar medidas de precaução face à previsão de alagamentos e inundações decorrente da subida dos caudais do rio Tejo.

Em comunicado emitido durante a noite, o CDOS afirma que “é espectável nas próximas horas uma subida gradual do rio Tejo, pelo que se impõe um aviso à população, particularmente nas zonas ribeirinhas”.

Esta subida dos níveis hidrométricos e dos caudais do rio Tejo decorre “da precipitação que se tem sentido no distrito e a montante, mas essencialmente das descargas das barragens espanholas e portuguesas”, acrescenta.

Fonte do CDOS de Santarém contactada hoje de manhã pela Lusa afirmou que não há ainda nenhum registo de alagamentos e inundações que limitem a circulação em vias e estradas da região ou que tenham provocado algum constrangimento, mas, disse, “é espetável que essas situações venham a acontecer”.

Assim, a Proteção Civil aconselha as populações a retirarem “das zonas confinantes, normalmente inundáveis, equipamentos agrícolas, industriais, viaturas e outros bens”, e a levarem os animais “para locais seguros, retirando os rebanhos que se encontram nas zonas que serão provavelmente inundáveis”.

É ainda recomendado “não atravessar com viaturas ou a pé estradas ou zonas alagadas” e manter-se informado através dos Órgãos de Comunicação Social ou dos agentes de Proteção Civil, “desenvolvendo as ações necessárias para a sua proteção, da família e bens”.

O CDOS de Santarém afirma estar a acompanhar a evolução da subida dos níveis da água na região em articulação com a Agência Portuguesa do Ambiente, Infraestruturas de Portugal, EDP produção, serviços municipais de Proteção Civil e agentes de Proteção Civil, e que emitirá outros comunicados sempre que tal se revele necessário.

ZAP // Lusa

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