Depois de muita confusão, UE decide triplicar a ajuda humanitária para Gaza

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Parlamento Europeu / Flickr

Josep Borell, chefe da diplomacia da União Europeia

Após o anúncio de que toda a ajuda à Palestina seria cortada, a União Europeia voltou atrás e decidiu triplicar a assistência humanitária para Gaza.

Depois de uma semana marcada por uma grande confusão na União Europeia (UE) sobre a resposta à escalada do conflito em Israel, os responsáveis europeus decidiram triplicar a sua assistência humanitária a Gaza de 25 milhões para 75 milhões de euros.

O anúncio surgiu após uma conversa telefónica entre a Presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, que tem sido uma das principais figuras internacionais a pedir contenção a Israel face ao ataque do Hamas.

Apesar da visita da Israel de von der Leyen e da Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, para prestar homenagem às vítimas do ataque do Hamas, ambas têm enfrentado críticas por não apelarem publicamente à contenção de Israel nos seus ataques e na exigência de uma evacuação em massa do norte de Gaza.

Em contraste, os Ministros dos Negócios Estrangeiros da UE sublinharam a necessidade de moderação e de permitir a entrada de comida, água e medicamentos em Gaza, além de condenarem o ataque do Hamas a Israel.

O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, agendou uma reunião virtual extraordinária dos líderes da UE para terça-feira, com o objetivo de estabelecer um “curso de ação claro e unificado que reflita a complexidade da situação em desenvolvimento”. Michel afirmou que a UE se solidariza totalmente com Israel, mas alertou para as “cenas trágicas” em Gaza.

O anúncio surge após uma semana de mensagens mistas da UE sobre a crise. Inicialmente, foi anunciado que toda a ajuda à Palestina seria suspensa, uma decisão posteriormente corrigida, esclarecendo que a ajuda seria reavaliada e não interrompida.

Josep Borrell, chefe da diplomacia da UE e crítico de longa data da ocupação israelita, tem mantido um posicionamento mais duro em relação às atividades do Governo de Benjamin Netanyahu do que von der Leyen ou Metsola. Borrell considera ainda que o ultimato de Israel é “totalmente impossível de aplicar”.

Adriana Peixoto, ZAP //

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2 Comments

  1. O que vai acontecer é óbvio: a UE diz que vai enviar 75 milhões de €€ à Faixa de Gaza mas não diz a quem entrega o dinheiro!
    É obvio que o Hamas meterá o dinheiro no bolso e a guerra continua. Quanto ao Guterres, entre outras pretensões «humanitárias», acabou por recambiar os fugitivos do Egipto para Gaza a fim de o Hamas se misturar na população e assim enganou Israel durante 2 semanas!!

  2. Hitler teria razões no caso dos judeus? O assunto merece uma meditação e uma explicação. Por outro lado os russos não podem guerrear e os judeus podem. Em que mundo vivemos? Onde está a Europa humanista e pacifica ? Parece tratar-se de campanhas organizadas contra metade do mundo ….para quando as bombas de neutrões ????

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