A ideia “peregrina e absurda” foi apresentada num contexto apenas académico. Sem termos, forma, modelo ou tempo.
O Ministério da Defesa Nacional negou esta terça-feira que Nuno Melo tenha anunciado o recrutamento de jovens delinquentes, referindo que a hipótese foi abordada em contexto apenas académico e acrescentando que o ministro está disponível para ir ao Parlamento.
“A reflexão feita no contexto da Universidade Europa, junto de jovens da AD, sublinhou as virtudes e potencialidades das Forças Armadas, ilustradas em exemplos académicos”, pode ler-se, num comunicado divulgado pelo Ministério da Defesa Nacional.
De acordo com a nota da Defesa, o pressuposto foi o de que as Forças Armadas são “um ativo que não se define apenas pelos cenários de guerra” e “em tempo de paz acrescentam em áreas muito diversas, do combate aos fogos, até modelos de “Escola de vida” em contextos formativos”.
“Em concreto, foi referida, do ponto de vista apenas académico, uma via não explorada: a hipótese das Forças Armadas, em complemento das possibilidades que existem noutras entidades, poderem contribuir num contexto formativo de instrução, para a ressocialização de jovens e, por essa via, criarem melhores oportunidades ao longo da vida”, frisou.
“Em nenhum momento se referiram os termos, a forma, o modelo, ou o tempo“, apontou ainda.
O Ministério da Defesa Nacional garantiu também, na mesma nota, que Nuno Melo “manifesta toda a disponibilidade para prestar todos os esclarecimentos na Assembleia da República”.
O ministro da Defesa disse, no passado fim de semana, em Aveiro, que o serviço militar poderia ser uma alternativa para jovens que cometem pequenos delitos em vez de serem colocados em instituições que, “na maior pare dos casos, só funcionam como uma escola de crime para a vida”, ideia apoiada pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco.
A ministra disse que Nuno Melo “obviamente falou em nome de todo o Governo”. “Aquilo que temos de admitir é que todas as soluções é intenção do Governo implementá-las, adaptá-las aos atuais contextos que, como sabem, são muito exigentes”, referiu Margarida Blasco.
O Chega propôs a audição no Parlamento, com caráter de urgência, do ministro e líder do CDS-PP, tendo em conta a “relevância do tema para a sociedade portuguesa e para a integridade das Forças Armadas”.
Também a Iniciativa Liberal requereu hoje a audição do ministro da Defesa no Parlamento pelas posições de Nuno Melo sobre este tema, considerando que são declarações “inenarráveis” que devem ser esclarecidas.
Já as associações militares representativas dos oficiais, sargentos e praças consideraram hoje que a possibilidade de aplicar o Serviço Militar Obrigatório como pena alternativa, sugerida pelos ministros da Defesa e Administração Interna, é uma “ideia peregrina” e “absurda“.
ZAP // Lusa
Este já dá o dito por não dito e começa a fazer marcha atrás. Personagem vergonhosa e com ar de ressabiado, o boneco do “tratado do… da… do… da… do… Atlético norte”
Não… Ná.. Nada disso…
Eu não disse o que disse.
Disse, mas não disse…
Igual ao outro… sem tirar nem pôr.
Como é possível ter como ministro da Defesa um sujeito deste nível?
Como costuma dizer o Bernardo Ferrão (SIC-Poligrafo) , ….”Pimenta na lingua ” !