Defesa de Sócrates considera nova suspeita “falsa e absurda”

José Sena Goulão / Wikimedia

Ex-primeiro-ministro e ex-líder do PS, José Sócrates

Ex-primeiro-ministro e ex-líder do PS, José Sócrates

Os advogados de José Sócrates consideraram esta quinta-feira “falsa, injusta e absurda” a nova suspeita lançada contra o ex-primeiro-ministro no caso Marquês, depois de Ricardo Salgado ter sido constituído arguido.

Em comunicado enviado à agência Lusa, os advogados alegam que esta nova suspeita “não passa de mais um insulto como todas as anteriores” – Grupo Lena, Parque Escolar, Angola, Venezuela, Argélia, Vale do Lobo -, sendo “uma falsidade que [Sócrates] seja dono, que tenha tido acesso ou sequer conhecimento de qualquer conta bancária na Suíça”.

Os advogados Pedro Dellile e João Araújo consideram também “absolutamente falso” que o então Governo de José Sócrates “tenha tomado qualquer decisão visando beneficiar” Ricardo Salgado ou o Grupo Espírito Santo (GES).

Ricardo Salgado foi constituído arguido na Operação Marquês esta quarta-feira. De acordo com a Procuradoria Geral da República, é suspeito da prática de “factos suscetíveis de integrarem os crimes de corrupção, abuso de confiança, tráfico de influência, branqueamento e fraude fiscal qualificada”.

Vários órgãos de comunicação avançaram que o Ministério Público suspeita que milhões de euros encontrados nas contas de Santos Silva, amigo e alegado testa de ferro do ex-primeiro-ministro, tenham tido origem no GES.

Neste momento, Ricardo Salgado é arguido em mais dois processos com projeção mediática: o Universo Espírito Santo, onde também é acusado de branqueamento, fraude fiscal qualificada e corrupção no processo de queda do Grupo Espírito Santo e o caso Monte Branco, que investiga a maior rede de branqueamento de capitais descoberta em Portugal.

O ex-banqueiro foi detido em julho de 2014 no âmbito da Operação Monte Branco. Entretanto, em dezembro de 2015, foi colocado em liberdade, depois de ter estado quase cinco meses em prisão domiciliária.

ZAP // Lusa

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