Da Vinci previu a data do Apocalipse e escondeu-a na Última Ceia?

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Há uma mensagem escondida em A Última Ceia, de Leonardo da Vinci? Provavelmente, não.

De acordo com uma investigadora do Vaticano, Leonardo da Vinci escondeu a data do apocalipse na sua pintura “A Última Ceia”. Mais de uma década depois de a teoria ter sido apresentada, o assunto ainda é (de vez em quando) tema de conversa à hora do jantar.

Para todos aqueles que chegaram a preocupar-se com o fim do mundo que os Maias teriam previsto para 21 de dezembro de 2012, o ano de 2010 trouxe uma notícia tranquilizadora.

Segundo anunciou então uma investigadora do Vaticano, Leonardo da Vinci tinha escondido nas suas pinturas de A Última Ceia pistas acerca da fatídica data  — que chegaria muito, muito mais tarde.

O mundo não acabou em 2012, mas mais de uma década depois ainda se discute se terá sido afinal o famoso pintor do século XV a acertar na previsão do Apocalipse — que lamentavelmente desta vez não poderemos estar cá para confirmar.

Há de facto um código da Vinci — só não é o que foi popularizado por Dan Brown”, afirmava Sabrina Sforza Galitzia, a investigadora do Vaticano que na altura lançou a teoria.

Segundo Galitzia, que tinha estudado os manuscritos de Leonardo da Vinci enquanto investigadora da Universidade da Califórnia, o génio renascentista previu que o fim dos tempos aconteceria a 21 de março de 4006 — mas escondeu a mensagem “para não ser atacado”.

De acordo com o Science Info, depois de estudar uma tapeçaria de A Última Ceia que teria sido oferecida a Luís XIII de França, Galatzia terá concluído que da Vinci deixou pistas escondidas na janela que aparece acima de Cristo na famosa pintura.

Para decifrar estas pistas e chegar à data de 21 de março de 4006, Galitzia encarou-as como um “quebra-cabeças matemático e astrológico” — nada mais se sabendo dos métodos que usou para extrair tal conclusão, nota o IFLS.

Assim sendo, há pouco fundamento para validar a teoria de Galatzia e podermos afirmar que da Vinci escondeu mesmo uma previsão do dia do Apocalipse — apesar de ter, aparentemente, dado bastante atenção ao assunto.

Nos últimos anos de vida, da Vinci mostrou um fascínio por eventos apocalípticos, tendo desenhado várias cenas cataclísmicas — que mostram fogo a cair do céu e mares a ferver.

“Durante os últimos anos da sua vida, Leonardo tratou repetidamente do tema de uma tempestade cataclísmica a devastar uma paisagem, tanto nos seus desenhos como nos seus escritos”, pode ler-se nas notas que acompanham as gravuras e ilustrações de da Vinci no site do Royal Collection Trust.

Há quem sugira que estas ilustrações retratavam eventos do tempo de da Vinci, como tempestades e terramotos. No entanto, nenhum desses eventos foi encontrado por historiadores.

Numa entrevista à BBC em 2019, Martin Clayton, curador do Royal Collection Trust, explica que a obra de da Vinci mostra a sua consciência sobre a natureza efémera da humanidade — e que, em última análise, tudo seria destruído.

Simplesmente, é pouco provável que tal aconteça a 21 de março de 4006.

ZAP //

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