A maioria das próteses é controlada por elétrodos no que resta do membro amputado. Um novo sistema desenvolvido pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) substitui-os por esferas magnéticas implantadas.
A tecnologia é conhecida como eletromiografia (EMG) e baseia-se num implante de duas pequenas esferas magnéticas em cada um dos músculos do coto. O uso dos sensores localizados fora do membro monitoriza as diferenças na distância entre os dois ímanes em cada músculo.
Desta forma, é possível detetar instantaneamente quando é que cada músculo alonga ou contrai e em que velocidade. Mediante a informação, a prótese é ativada para responder.
“Com a magnetomicrometria, medimos diretamente o comprimento e a velocidade do músculo”, explicou Hugh Herr, citado pelo New Atlas. “Através da modelagem matemática de todo o membro, podemos calcular as posições-alvo e as velocidades das articulações protéticas a serem controladas” pelo que “um simples controlador robótico consegue controlar essas articulações”.
Em laboratório, os investigadores do MIT implantaram pares de esferas de 3 mm de largura nos músculos da panturrilha de perus.
Quando os cientistas moveram as articulações dos tornozelos das aves, os sensores magnéticos externos conseguiram detetar e medir com precisão os movimentos dos músculos da panturrilha em apenas três milissegundos.
No futuro, esta tecnologia pode ser utilizada para restaurar a mobilidade de pessoas com lesões na medula espinal e no controlo de exoesqueletos robóticos.
O artigo científico foi publicado a 18 de agosto na Science Robotics.