O Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) solicitou à Comissão de Inquéritos (CI) da Liga a abertura de um processo sumário ao árbitro Jorge Sousa, revelou à agência Lusa fonte ligada ao processo.
Em causa a atitude do juiz portuense no jogo Real-Sporting B da terceira jornada da II Liga de futebol, que se dirigiu ao guarda-redes leonino Stojkovic em termos e linguagem que o Sporting considerou desadequados.
Segundo a mesma fonte, o CD da FPF espera receber já esta terça-feira, na habitual reunião semanal, o auto de flagrante delito enviado pelo CI da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) para poder tomar uma decisão imediata.
O comportamento de Jorge Sousa pode ser enquadrado à luz do artigo 198.º do Regulamento Disciplinar da Liga, referente a comportamento incorreto dos árbitros, que prevê penas entre um e cinco jogos de suspensão para os infratores.
Se for enquadrado à luz do artigo 192.º do mesmo regulamento, referente a “ameaças, injúrias e ofensas à reputação”, a moldura penal é mais gravosa e oscila entre o mínimo de três e o máximo de 15 jogos.
Apesar de constar dos regulamentos, o processo sumário nunca foi utilizado pela CI da LPFP, que tinha a competência exclusiva de abrir um auto de flagrante delito. Para esta época, os clubes, por iniciativa do CD da FPF, introduziram uma alteração que alargou a competência para solicitar a abertura de processos sumários ao CD da FPF e aos clubes.
Neste contexto, depois de ouvido o áudio da transmissão televisiva do jogo Real-Sporting B, divulgado nas redes sociais e nos órgãos de comunicação social, o CD da FPF enviou na segunda-feira um requerimento ao CI da LPFP para que fosse aberto um processo sumário ao árbitro Jorge Sousa.
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