Conjunção galáctica. Hubble captou o aparente “abraço” de duas galáxias espirais (que não se tocaram)

ESA/Hubble e NASA, D. Jones, A. Riess et al. /

Conjunção galáctica entre a galáxia NGC 105 e a LEDA 212515

Conjunção galáctica entre a galáxia NGC 105 e a LEDA 212515

Embora pareça que as galáxias se estão a envolver num abraço – ou, como quem diz, numa colisão –, a imagem do Telescópio Espacial Hubble não passa de uma conjunção galáctica. Isto significa que é apenas o resultado do alinhamento casual dos dois objetos no céu noturno.

A imagem captada pelo Telescópio Espacial Hubble, da NASA/ESA, é o retrato de duas galáxias que estão, aparentemente, muito próximas.

A galáxia espiral NGC 105, que se encontra a cerca de 215 milhões de anos-luz na constelação de Peixes, não está a mergulhar numa colisão com uma galáxia vizinha, embora pareça.

Segundo o SciTechDaily, é apenas o resultado do alinhamento casual dos dois objetos no céu noturno. A vizinha alongada da NGC 105 está, na verdade, muito distante e e ainda é relativamente desconhecida pelos astrónomos.

Este tipo de conjunção galáctica acontece frequentemente na Astronomia.

As novas observações da Wide Field Camera 3 fazem parte de um grande conjunto de medições do Hubble que analisa galáxias próximas que possuem dois fenómenos astronómicos: variáveis cefeidas e explosões catastróficas de supernovas.

A galáxia NGC 105 contém ambas as variáveis – supernovas e cefeidas –, pelo que dá aos astrónomos uma oportunidade valiosa para calibrar as duas técnicas de medição de distâncias.

Ambos os fenómenos são utilizados pelos cientistas para um propósito muito particular: medir distâncias no Espaço. Tanto as cefeidas como as supernovas têm luminosidades muito previsíveis, o que significa que os astrónomos podem estimar, com precisão, o quão brilhantes são.

Ao medir o brilho quando observados a partir da Terra, a equipa poderá realizar medições fiáveis de distâncias.

Liliana Malainho, ZAP //

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