Tal como Portugal, vários países também apertaram as medidas de contenção da pandemia na antecipação da época festiva.
Já sabemos que Portugal vai antecipar as medidas de contenção que só estavam previstas para Janeiro, numa tentativa de minimizar o aumento de casos que se prevê após as festividades. Vários outros países na Europa estão também a apertar o cinto antes do Natal, avança o Observador.
Na nossa vizinha Espanha, o executivo nacional ainda não anunciou medidas específicas para a quadra natalícia, mas os governos regionais de Andaluzia, Aragão, Canárias, Baleares, Cantábria, Catalunha, Comunidade Valenciana, Galiza, Múrcia, Navarra, País Basco, Melila e Ceuta deram a opção aos donos de lojas e restaurantes de exigirem o certificado digital.
Tal como em Portugal, a Catalunha obriga agora também todos os contactos de alto risco a ficarem em quarentena, mesmo que estejam vacinados. Nas regiões de Navarra, Galiza, País Basco e Canárias apenas 10 pessoas de dois agregados familiares se podem reunir em locais de risco elevado e seis pessoas do mesmo agregado em locais de risco muito elevado.
Na Alemanha, não vai haver um confinamento especial nem mudança nas medidas, mas há mais restrições para quem entrar no país vindo da França, Dinamarca, Noruega e Líbano, com os passageiros a ter de testar negativo e cumprir uma quarentena de duas semanas.
Nas zonas com mais casos, os bares e discotecas têm de fechar e os não vacinados só se podem encontrar com duas pessoas do agregado familiar e estão impedidos de entrar em restaurantes, cinemas, espaços de lazer e em lojas de comércio não essencial. Os ajuntamentos no Natal e na passagem de ano limitam-se a 10 pessoas.
Já a França apertou a vigilância sobre quem chega do Reino Unido, só podendo entrar franceses ou quem precisar de viajar por motivos de força maior e sendo exigido um teste negativo e um isolamento de dois dias. O fogo de artifício no Ano Novo também deve ser cancelado e Paris cancelou mesmo todas as actividades que estavam marcadas para 31 de Dezembro e 1 de Janeiro.
A Áustria impôs algumas das medidas mais duras para conter a pandemia e vai voltar a confinar os não vacinados até ao fim do ano, depois de todo o país ter ficado em casa até 12 de Dezembro. Mesmo assim, as medidas vão ser aliviadas até para os que não se imunizaram nos dias 25, 25, 26 e 31 de Dezembro e a 1 de Janeiro, podendo haver ajuntamentos de 10 pessoas mesmo sem o certificado de vacinação e sendo levantado o recolhimento obrigatório às 23h na noite de passagem de ano.
Mais a sul, em Itália, as restrições não vão apertar nas festividades, mas quem não está vacinado continua impedido de entrar em restaurantes, cinemas, teatros e recintos desportivos. Já os vacinados têm mais liberdade, estando apenas sujeitos a testes para entrarem em hotéis e espaços desportivos. Os recuperados da covid podem até ter um “super passe verde” que lhes dá a possibilidade de comer dentro dos restaurantes e utilizar transportes públicos.
No Reino Unido, o avanço da variante Ómicron e o batimento dos recordes de novos casos levou a que o governo recomendasse a realização de testes antigénio antes das festividades. O uso de máscara obrigatório também vai voltar nos espaços fechados e a partir de dia 26, os eventos ao ar livre são limitados a 500 pessoas e nos espaços fechados são para 200 pessoas sentadas e 100 em pé.
Os jogos de futebol também vão passar a ser à porta fechada e as festas de Ano Novo vão ser canceladas e os bares e discotecas vão limitar-se ao serviço de mesa. Na Escócia, o governo pediu que as festas familiares fossem canceladas ou que os ajuntamentos a quem está vacinado e testado.
Nos Países Baixos, onde se tem vivido muita contestação quando são anunciadas mais medidas, há um confinamento desde domingo que se vai manter até meados de janeiro. Cada agregado familiar pode receber apenas dois convidados, à excepção dos dias das festas, em que o número permitido sobre para quatro. O comércio não essencial está fechado e as escolas só abrem depois de 9 de Janeiro.
Já na Bélgica, que também tem sido palco de protestos, as crianças com mais de 12 anos estão desde o início do mês num regime híbrido de aulas presenciais e à distância. As férias escolares vão ser prolongadas e teletrabalho continua obrigatório.
Deste país vem também uma das medidas mais caricatas: caso uma família queira celebrar no jardim de casa, o grupo não pode ter mais de quatro pessoas e não pode passar pelo espaço interior da casa para chegarem ao jardim. Também só um dos convidados pode ir à casa de banho.
Nos países nórdicos, a Dinamarca proibiu a venda de álcool a partir das 22h e os espaços de culto e as lojas podem exigir certificado de vacinação, que é também obrigatório nos restaurantes, bares e cafés. O uso de máscara é obrigatório nos transportes públicos e as discotecas estão fechadas.
Na Noruega, entrou-se em confinamento parcial a 12 de Dezembro, estando os bares e restaurantes também proibidos de servir bebidas alcoólicas, tendo muitos espaços de diversão nocturna decidido fechar face ao prejuízo. O teletrabalho é obrigatório e os ginásios e piscinas foram fechados.