Sérgio Conceição elogia SC Braga e fala de pessoas “subservientes” que querem “tachinhos”

Na antevisão do jogo com o SC Braga, marcado para esta quarta-feira, a contar para a segunda mão das meias-finais da Taça de Portugal, Sérgio Conceição referiu-se a algumas incidências do último dérbi, mostrou-se desagradado com os comentários à volta da equipa portista e deixou elogios à equipa de Carvalhal.

Com rasgados elogios, Sérgio Conceição considerou que a equipa do SC Braga, “quando tem a bola, joga o melhor futebol em Portugal“, sublinhando, no entanto, a importância de o FC Porto se qualificar para a final da Taça.

O nosso primeiro objetivo é o campeonato. Ainda não acabou, mas obviamente está mais difícil. Na Taça de Portugal, este é o jogo que nos permite estar numa final e ficar mais próximos de ganhar um título. As vitórias servem para isso, para conquistar títulos, que para nós são o mais importante”, atirou o técnico.

Conceição disse ainda que não pode controlar a “atitude do SC Braga e a postura em campo”, mas que pode “perceber o que o SC Braga faz, que dinâmica tem, quais são os pontos fortes”.

“Isto é uma meia-final, tem de ser decidido amanhã a presença na final e as duas equipas vão querer muito estar presentes. Nós, se o conseguirmos, é a terceira final nos últimos três anos e meio, um clube grande vive assim, de presença nas finais e em jogos importantes e é isso que procuramos, fazer um bom jogo e estar presente mais uma vez na final da Taça de Portugal”, continuou.

Relativamente à recuperação física de Pepe e Sérgio Oliveira para a partida com os bracarenses, Sérgio Conceição explicou que “hoje [terça-feira] não treinaram com o grupo” e que estão em dificuldade.

“Não sabemos se é possível a utilização ou não amanhã. Ainda não sabemos, são situações que com o passar das horas vão ficar mais claras”, disse.

Questionado sobre as polémicas criadas com situações que acontecem fora do jogo, como foi o caso de ter dito a Carlos Carvalhal, após a primeira mão (1-1), que, “onze contra onze”, o Braga perderia por “cinco ou seis”, o técnico portista disse que “aquilo que se passa no campo, fica no campo”.

Se eu for contar tudo o que disse a adversários e o que eles me disseram a mim, num desporto cheio de paixão e emocionante como é o futebol, começava hoje e só acabava daqui a dez anos. Isso não é bonito. Tenho ouvido muita coisa. Sei que é mais importante isso do que o que nós fizemos em Braga, onde realizámos duas grandes exibições enquanto estivemos em igualdade numérica com o adversário”, atirou, citado pelo Jornal de Notícias.

“Foi um jogo bem conseguido da nossa parte, mas ninguém fala disso. Falam de pormenores, de situações mais ou menos bonitas. E eu estou de acordo que algumas não foram bonitas. Mas houve outras que não vieram cá para fora porque nem tudo se sabe. Não sou eu que vou dizer o que é que o Nuno Santos ou o Pote disseram ao nosso banco ou aos nossos jogadores. Não o vou dizer porque não faz parte. Muita gente que comenta o futebol só fala do que se passa à volta. Comenta quem cumprimentou quem, quem é que piscou o olho a quem, quem é que pestanejou, quem é que tossiu. Vivemos disto. Falaram do jogo da Juventus e da grandíssima exibição que fizemos?, criticou.

“Quem é apaixonado pelo futebol quer falar de jogo, quem é subserviente, quem anda aqui para ter o seu ‘tachinho’, comenta tudo o que se passa à volta do futebol. Para mim, o importante em Braga, foram as grandes exibições. Isso é que contou para mim e há que dar mérito ao SC Braga. Amanhã será outro jogo”, disse Conceição.

De acordo com o SAPO24, para o treinador portista “é importantíssimo” que o futebol português pare para refletir.

“Não é por acaso que em pelo menos duas reuniões, o tema principal foi exatamente esse, o tempo útil de jogo, num reunião promovida pela UEFA, com os treinadores que estavam na Liga dos Campeões. Existiram vários temas, VAR foi discutido, mas outro sempre discutido foi o tempo útil de jogo. Quando chegamos à Europa, (…) encontramos um ritmo acima de média, é tudo diferente na forma de abordar o jogo. Vou confessar, no último jogo, cheguei a casa e fui ver o jogo. (…) A cada 15, 20 segundos o jogo parava. Para o meu espanto, de manhã, através de várias pesquisas que fizemos o tempo de jogo real que tivemos foram cerca de 46 minutos, o que é baixíssimo”, concluiu.

Sofia Teixeira Santos, ZAP //

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