Comunicação do PSD distribuída pelos vices para preservar Montenegro. Ideia é haver uma “oposição contínua”

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Luís Forra / LUSA

Luís Montenegro

Distribuição de pastas entre os seis vice-presidentes não é estanque e aconteceu de acordo com as preferência pessoais e profissionais.

Num período em que a política partidária portuguesa tem por tradição estar parada, até às rentrés oficiais e aos eventos organizados pelas respetivas jotas, Luís Montenegro não quis perder tempo, optando por estar na rua, marcando presença em feiras e festas populares. Simultaneamente, tem dado destaque aos seus vices-presidentes, que têm sido a voz do partido em conferências de imprensa sobre as questões políticas na ordem do dia, mas também a Hugo Soares, secretário-geral.

De acordo com o Público, que cita fontes sociais-democratas, a estratégia de comunicação não é nova, mas mostra a “afirmação de um líder com uma boa equipa e com vontade de a promover”. Os seis vice-presidentes do partido, como é habitual, têm pelouros distribuídos, embora o foco da estrutura não seja a comunicação externa, mas a organização interna.

O mesmo jornal escreve que a distribuição dos temas correspondeu aos interesses profissionais e pessoais dos ocupantes do cargo, sendo que a divisão não é estanque nem terá como propósito que os vices se tornem porta-vozes nessas áreas. Paulo Rangel, por exemplo, fica encarregue dos assuntos europeus e de áreas como a soberania (defesa e justiça). Miguel Pinto Luz, por sua vez, fica com a pasta da mobilidade e infra-estruturas). Sob a alçada de António Leitão Amaro ficam as questões financeiras e económicas.

Margarida Balseiro Lopes é responsável pela educação e igualdade de género, ao passo que Paulo Cunha, antigo presidente da Câmara de Famalicão, tem a seu cargo as questões territoriais e a administração interna. Inês Palma Ramalho fica encarregue das questões sociais.

Novamente, a distribuição dos temas é flutuante, o que foi visível nas últimas semanas e nas intervenções que foram feitas, sempre resguardando o líder e permitindo que exista uma “oposição contínua“. “Tem de se poupar o líder, deve intervir quando é necessário ou quando responde a perguntas [dos jornalistas], descreve um dos responsáveis do partido. “O que é normal é que se lancem rostos. O partido não pode ser unipessoal”.

ZAP //

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4 Comments

  1. Então eles vão para os partidos só para exercer oposição? Eles deviam era estar a apresentar propostas válidas para o país e que se deixassem de politiquices, de “diz que disse”, que isso não interessa nada a quem os elegeu.

    • Tirou-me as palavras da boca Victor (neste caso, a escrita dos dedos).
      Para estes estes gajos (seja qual for o partido), o que vale é a OPOSIÇÃO., quanto mais raivosa melhor, mesmo que as propostas do outro lado sejam construtivas, porque o que interessa é agradar a retaguarda, que em geral quer é ver sangue..
      É o bota abaixo sistemático nunca, ou raramente apresentando melhores propostas.

  2. E é assim que pensam ganhar eleições, destabilizar a economia, a paz social, o emprego, a laboração empresarial, a saúde, apresentar ideias,programas, Zero.

  3. Montenegro vens para a rua esclarecer os eleitores do que pretendes fazer pelo País e como ou vens só para a critica? Ou aprendeste com om Paulinho das feiras e então vais correr de feira em feira Uma oposição ganha credibilidade quando apresenta soluções credíveis e como pensa aplica las, para analisar os governos os eleitores sabem fazer precisamos é de alternativas com propostas credíveis e que quando chegar ao poder que cumpra o que prometeu, de populistas e de oposição só porque sim já nós eleitores estamos fartos, só quem não tem ideias do que fazer desvia as atenções para outros assuntos.

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