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Ondulações no espaço-tempo podem fornecer pistas sobre os componentes ausentes do Universo

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Quase tudo encaixa na Teoria do Universo. Alguns cientistas defendem que as ondulações subtis na estrutura do espaço-tempo podem ajudar a encontrar a peça em falta.

As ondas gravitacionais são ondulações no tecido do espaço-tempo que os cientistas conseguiram identificar em 2015, com a ajuda do Observatório de Ondas Gravitacionais por Interferómetro Laser (LIGO).

Cada vez que dois objetos massivamente pesados colidem – uma colisão de dois buracos negros ou de duas estrelas de neutrões, por exemplo -, criam uma ondulação deste tipo.

Apesar de quase tudo bater certo na Teoria do Universo, algo está a fazer com que este se expanda cada vez mais rápido – e ninguém sabe o quê.

Jose María Ezquiaga, co-autor do recente artigo científico publicado na Physical Review D,  defende que a peça em falta pode estar relacionada com a gravidade.

“As ondas gravitacionais são o mensageiro perfeito para ver essas possíveis modificações da gravidade, se houver”, explicou o cientista do Instituto Kavli de Física Cosmológica da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, em comunicado.

Os autores do artigo sugerem que, se as ondas colidirem com um buraco negro supermassivo ou com um aglomerado de galáxias no seu caminho para a Terra, a assinatura da ondulação mudaria.

Se houvesse uma diferença de gravidade em comparação com a teoria de Einstein, então a evidência estaria nessa assinatura.

Uma das teorias sobre os componentes ausentes do Universo é a existência de uma partícula extra que, entre outros efeitos, geraria um tipo de fundo ou “meio” em torno de grandes objetos.

Se uma onda gravitacional colidisse com um buraco negro supermassivo, geraria ondas que se misturariam com a própria onda gravitacional. Dependendo do que encontrasse, a assinatura da onda gravitacional poderia carregar um “eco” ou aparecer baralhada, explica o SciTechDaily.

“Esta é uma nova forma de estudar cenários que não puderam ser testados antes”, rematou Ezquiaga.

Liliana Malainho, ZAP //

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