Já sabemos como evoluiu o maior animal que alguma vez caminhou na Terra

Universidade de Bona

Magyarosaurus Dacus, um saurópode anão

A pesquisa contraria a “Regra de Cope” e indica que os saurópodes evoluíram para tamanhos enormes cerca de 30 vezes ao longo de 100 milhões de anos.

Um novo estudo publicado na Current Biology relata como foi a evolução dos saurópodes, os dinossauros com grandes pescoços que foram os maiores animais terrestres a alguma vez existir na Terra.

“Anteriormente, pensava-se que os saurópodes evoluíram os seus tamanhos excecionais de forma independente algumas vezes na sua história evolutiva, mas através de uma nova análise, agora sabemos que esse número é muito maior, com cerca de três dezenas de ocorrências ao longo de 100 milhões de anos”, explica o paleontólogo e autor do estudo Michael D’Emic.

A pesquisa baseou-se em compilações de medições das circunferências de centenas de ossos de suporte de peso, correlacionadas com o peso do animal a que pertenciam. Através de uma uma técnica chamada reconstrução do estado ancestral, D’Emiric mapeou as massas corporais reconstruídas de quase 200 espécies de saurópodes na sua árvore evolutiva.

Os resultados mostram que os saurópodes atingiram os seus tamanhos excecionais no início de sua evolução e que, com cada nova família de saurópodes a evoluir, uma ou mais linhagens atingiram independentemente um estado superlativo.

“Antes de serem extintos com os outros dinossauros no final do Período Cretáceo, os saurópodes evoluíram os seus tamanhos inigualáveis ​num total de três dezenas de vezes. Os maiores dos maiores saurópodes eram ecologicamente distintos, tendo dentes e cabeças de formas diferentes e corpos de proporções diferentes, indicando que ocupavam o nicho de ‘corpo grande’ um pouco diferente um do outro”, explica.

O estudo microscópico dos seus ossos revelou que os saurópodes também tinham diferentes taxas de crescimento, sugerindo que os recordistas eram metabolicamente distintos. Isso reflete o padrão dos mamíferos, que desenvolveram tamanhos corporais muito grandes rapidamente após a extinção dos dinossauros, antes de estabilizarem na faixa dos mamutes gigantes, escreve o SciTechDaily.

As descobertas de D’Emic contradizem a “Regra de Cope”, a popular teoria do século XIX de que o tamanho dos animais evolui com o tempo. Em vez disso, o novo estudo vê animais a alcançar tamanhos corporais diferentes, dependendo do seu contexto ecológico e de quaisquer nichos disponíveis – o que pode parecer aleatório quando observado em grande escala.

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