Comissão Europeia dá boas notícias sobre a economia portuguesa

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Tiago Petinga / Lusa

O ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva.

A mais recente revisão das previsões europeias aponta que o impacto do PRR na economia portuguesa será maior que o esperado inicialmente.

A Comissão Europeia atualizou recentemente suas previsões sobre o impacto económico que o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) terá em Portugal, projetando agora um aumento no Produto Interno Bruto (PIB) superior a 3% até 2026.

Esta revisão, apresentada num relatório sobre a implementação da “bazuca”, reflete um otimismo maior do que a estimativa anterior de 2,4%. A revisão ocorre num momento crítico, pois o prazo para a implementação dos fundos do PRR está na sua metade final, após o início há três anos, ressalva o Jornal de Negócios.

O ajuste nas projeções deve-se às reprogramações feitas pelos Estados-membros, incluindo Portugal, que aumentaram o seu envelope financeiro do PRR de 16,6 mil milhões de euros para 22,2 mil milhões, em resposta ao aumento dos custos devido à inflação e a ajustes necessários pós-pandemia.

Segundo a Comissão, espera-se que o PRR português, agora 30% maior, contribua para um aumento do PIB entre 3% e 3,5% num cenário de alta produtividade, e entre 2% e 2,5% num cenário de baixa produtividade até 2026.

Portugal está posicionado como o quinto país que mais beneficiará do PRR na União Europeia (UE), atrás apenas da Grécia, Croácia, Espanha e Bulgária. No entanto, a nível da UE, a expectativa de crescimento do PIB foi ligeiramente revista em baixa para 1,4% em 2026, uma décima abaixo das previsões anteriores.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Valdis Dombrovskis, atribuiu essa revisão à inflação e à subutilização dos empréstimos disponíveis, resultando numa absorção e implementação menores do que as antecipadas.

O relatório também destaca que as reformas incluídas no PRR devem oferecer um impacto positivo a longo prazo, estabelecendo as bases para a convergência económica dentro da UE.

Um estudo realizado pelo Conselho de Finanças Públicas revelou que, até ao final de 2023, Portugal concretizou 37 dos 57 marcos e metas do PRR, com uma taxa de execução de 84% nos objetivos relacionados a reformas que deveriam estar concluídos até então. A execução não foi total devido ao incumprimento de alguns objetivos, o que levou à suspensão parcial de fundos associados a certos pedidos de desembolso.

ZAP //

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