CNN Portugal / Captura de vídeo

Tiago Ferreira Lopes
O comentador é acusado de ter sugerido dar melhores notas aos estudantes em troca de atos sexuais. Tiago Ferreira Lopes nega as acusações.
O professor universitário e comentador de política externa na CNN Portugal Tiago Ferreira Lopes está a ser alvo acusações de assédio sexual a alunos durante o período em que lecionou no Institute of Business Administration (IBA), em Carachi, no sul do Paquistão.
O caso remonta a 2018, quando surgiram relatos de que o docente português teria assediado sexualmente vários estudantes, oferecendo melhores notas em troca de favores sexuais.
As denúncias indicam que Tiago Ferreira Lopes convidava alunos para o seu quarto, onde lhes ofereceria vinho e propunha a troca de práticas sexuais por vantagens académicas. Apesar de a direção do IBA ter tido conhecimento das acusações, não foi aberto nenhum inquérito interno e as suspeitas não foram comunicadas às autoridades paquistanesas, refere o Correio da Manhã.
De acordo com um jornal local, que cita uma fonte anónima da instituição, existiriam provas do alegado assédio, incluindo imagens de videovigilância do campus universitário e mensagens de telemóvel.
Tiago Ferreira Lopes, atualmente professor e investigador na Universidade Lusíada, nega categoricamente todas as acusações. Em declarações ao Correio da Manhã, afirmou que o caso teve origem numa “mentira contada por um funcionário paquistanês” que tentou extorquir dinheiro, e que as acusações foram uma “vingança” pela sua recusa em ceder à extorsão. O comentador garante que não saiu do Paquistão de forma precipitada, justificando o regresso a Portugal com o cansaço e a necessidade de apoiar um familiar.
O professor, que também já lecionou na Turquia, Finlândia e Índia, admite que o caso o preocupa, mas mantém-se confiante na sua inocência e defende que o ressurgimento das acusações pode estar ligado ao facto de as suas opiniões públicas “incomodarem muitas pessoas”. “As minhas opiniões vão contra a narrativa habitual. Já me tentaram cancelar antes“, afirmou.
Até ao momento, não há registo de qualquer processo judicial ou investigação oficial relacionado com as alegações.