Cientistas descobriram como combater a malvada estrela-do-mar-coroa-de-espinhos

Sandie Degnan/ Universidade de Queensland

Estrela-do-mar coroa-de-espinhos

A terrível estrela-do-mar-coroa-de-espinhos vive em zonas costeiras pouco profundas, abrigadas pelos recifes de coral. É um animal carnívoro que se alimenta de corais, pequenos invertebrados e animais mortos e pode ter entre 8 a 21 braços cobertos por longos e venenosos espinhos.

Os cientistas estão mais perto de combater a estrela-do-mar-coroa-de-espinhos, destruidora de corais, na sequência de um estudo da Universidade de Queensland, na Austrália, sobre a genética da praga.

No estudo, publicado esta semana na revista científica PLOS Biology, foram expostos os resultados da análise genética dos invertebrados tóxicos que se alimentam de corais encontrados na Grande Barreira de Coral, na Austrália.

Além disto, também foi analisada a expressão genética, que é o processo pelo qual a informação codificada num gene é utilizada para criar um produto genético funcional, como uma proteína ou ácido ribonucleico.

“Identificámos mais de 2.000 genes codificadores de proteínas que se alteraram significativamente entre o verão e o inverno”, afirma Marie Morin, investigadora da Universidade de Queensland e a primeira autora do estudo, em comunicado.

A equipa de investigação também encontrou formas de isolar os genes que comunicam durante o processo de reprodução da estrela-do-mar.

“Ao compreendermos como funcionam os genes da estrela-do-mar coroa-de-espinhos, é possível desvendar os mecanismos subjacentes aos seus principais comportamentos e encontrar formas de impedir a sua reprodução”, diz Morin.

A diretora do COTS Control Innovation Program, Mary Bonin, afirmou que, embora a estrela-do-mar coroa-de-espinho seja nativa da Grande Barreira de Coral, os surtos são uma grande ameaça e a proteção dos corais é essencial para a saúde e prevalência do recife a longo prazo.

“Esta investigação abre caminho ao desenvolvimento de novas ferramentas de controlo para ajudar a enfrentar esta ameaça à saúde dos recifes”, afirmou Bonin.

A próxima etapa do estudo envolverá mais análises genéticas e, possivelmente, o desenvolvimento de medidas naturais de controlo de pragas na Grande Barreira de Coral.

Soraia Ferreira,ZAP //

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