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Colisões catastróficas podem explicar as diferenças nos grandes planetas rochosos

Colisões catastróficas podem explicar diferenças em planetas rochosos gigantes em torno de outras estrelas, de acordo com um novo estudo.

O estudo sugere que o calor gerado pelo material que colide num planeta desempenha um papel importante na remoção de toda ou parte da atmosfera do planeta. Uma ampla variedade de tamanhos para os asteroides mortais explicaria as diferenças observadas nos mundos rochosos mais maciços.

O telescópio espacial Kepler, da NASA, revelou um número surpreendente de mundos com tamanhos que se situam entre a Terra e Neptuno em órbitas relativamente curtas. Calculando as densidades dos planetas, os astrónomos perceberam que muitos deles parecem ter enormes atmosferas de hidrogénio-hélio.

No entanto, estas atmosferas apresentam variações, sugerindo que algo tenha acontecido nos mundos após a formação planetária.

“Grandes impactos são muito efetivos para reduzir ou remover o hidrogénio ou hélio”, afirmou John Biersteker, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, que estudou como os impactos dos destroços rochosos afetaram a atmosfera de planetas jovens.

Após o nascimento de uma estrela, o anel de poeira e gás libertado inicia o processo de formação planetária.

Quando a gravidade é impulsionada, juntamente com os pedaços para criar um núcleo, o recém-nascido planetesimal recolher hidrogénio e hélio a partir dos restos de gás, construindo uma atmosfera primordial.

Porém, os plantas que estiverem nas proximidades de estrelas podem sofrer com a radiação estelar, que causaria um aquecimento nas camadas gasosas, consequentemente escapando para o espaço e deixando a atmosfera mais fina.

Além disso, quando grandes objetos atingem os planetas, a colisão pode golpear a atmosfera do planeta para o espaço – uma colisão assim ajudou a criar a Lua da Terra.Este estudo mostra que não é preciso um grande núcleo para remover completamente a atmosfera de um planeta.

Para Biersteker, a energia criada pelo impacto foi mais importante do que a grande colisão, mostrando que um pequeno e rápido movimento do asteroide poderia tirar mais hidrogénio e hélio do que um objeto médio e mais lento. Além disso, o ângulo também pode afetar a energia do impacto.

Tendo em conta que cada impacto remove uma percentagem diferente da atmosfera, colisões podem criar uma grande variedade de densidades de exoplanetas. O material com apenas um décimo da massa de um planeta pode remover metade do hidrogénio e hélio – ou até tudo.

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