Países que estão na “lista vermelha” de outros países, devido aos números relacionados com a COVID-19, poderão ficar desfalcados para os próximos jogos oficiais.
Setembro está quase a chegar e, no futebol, o nono mês vai começar com jogos entre seleções nacionais. Portugal, por exemplo, começa logo no dia 1 contra a República da Irlanda, defrontando nos dias seguintes o Qatar e o Azerbaijão.
Fernando Santos não deverá ter esse problema mas outros selecionadores dificilmente vão escolher todos os futebolistas que queriam selecionar, por causa da COVID-19.
Vários clubes europeus deverão recusar a cedência de futebolistas, caso o país de origem do jogador em causa esteja com números preocupantes, na contabilidade de casos positivos do novo coronavírus.
A Premier League é o centro das atenções, lembra a BBC, porque o Reino Unido continua com uma “lista vermelha” alargada: as pessoas que moram no Reino Unido estão proibidas de viajar para 60 países.
Os futebolistas teriam autorização para viajar, por motivos profissionais, mas ao regressarem ao solo britânico teriam de estar 10 dias em quarentena – o que originaria a ausência de dois ou três jogos do respetivo clube.
O Liverpool já informou a Federação Egípcia de Futebol que Mohamed Salah não vai jogar pelo Egito no duelo com Angola, na qualificação para o Mundial 2022. Salah pode ser convocado para o jogo contra o Gabão porque o Gabão não está na lista de países “proibidos”.
E os brasileiros Alisson, Fabinho e Roberto Firmino também não deverão ser convocados por Tite. O Brasil vai defrontar Argentina, Chile e Peru – curiosamente quatro países na “lista vermelha” do Reino Unido.
Os responsáveis da Premier League ainda tentam chegar a acordo com as autoridades locais, para serem abertas exceções no que diz respeito ao período de isolamento obrigatório.
Mas o objetivo não será fácil de se alcançar: já neste mês as autoridades do Reino Unido não abriram qualquer exceção para os British and Irish Lions, equipa de râguebi que jogou na África do Sul.
Portugal vai jogar na Hungria e no Azerbaijão, além da receção à Irlanda. Nenhum dos três países está na “lista vermelha” do Reino Unido, na última atualização.