Uma equipa de físicos da Universidade de Arkansas, nos Estados Unidos, desenvolveu um circuito capaz de capturar o movimento térmico do grafeno e convertê-lo em corrente elétrica.
Os físicos da universidade norte-americana esclarecem que o circuito captura o movimento térmico do grafeno e converte-o em corrente elétrica, uma tecnologia que poderia ser incorporada num chip de modo a fornecer energia limpa, ilimitada e de baixa voltagem para pequenos dispositivos ou sensores.
Paul Thibado, professor de Física e líder do estudo, adiantou, citado pelo Phys, que esta descoberta comprova a teoria que o mesmo grupo de cientistas desenvolveu há três anos de que o grafeno independente ondula e deforma-se com o fim de possibilitar a captação de energia.
O artigo científico foi publicado no dia 2 de outubro na Physical Review E.
O grafeno é um material cristalino extremamente fino formado por átomos de carbono e com alto poder de condução. Graças às suas propriedades físicas, é encarado pelos investigadores como o futuro da tecnologia.
No entanto, a ideia de gerar energia a partir deste material causa muito reboliço no meio científico, já que muitos investigadores consideram que esta teoria refuta a afirmação do físico Richard Feynman de que o movimento térmico dos átomos, conhecido como movimento browniano, não funciona para gerar energia.
Contudo, a equipa liderada por Thibado descobriu que, à temperatura ambiente, o movimento térmico do grafeno induz uma corrente alternada (CA) num circuito, algo considerado impossível até então.
Os investigadores da universidade norte-americana construíram um circuito com dois diodos para converter uma corrente alternada (CA) numa corrente contínua (CC). Para permitir que a corrente flua para os dois lados, os diodos têm de estar em posições opostas. Fornecendo caminhos separados através do circuito, os diodos produziram então uma corrente contínua pulsante.
“Descobrimos que o comportamento tipo interruptor dos diodos amplifica a potência fornecida, em vez de a reduzir como se pensava anteriormente”, resumiu Thibado. “A taxa de variação da resistência fornecida pelos diodos adiciona um fator extra à potência.”
Para provar o aumento da potência do circuito, os cientistas utilizaram um campo relativamente novo da física para entender uma teoria antiga: “Baseamo-nos no campo emergente da termodinâmica estocástica e estendemos a famosa teoria de Nyquist, quase centenária”, explicou Pradeep Kumar, professor de Física e co-autor do estudo.
Além disso, estas experiências permitiram descobrir que o movimento lento do grafeno induz corrente no circuito em baixas frequências, o que é importante do ponto de vista tecnológico, dado que a electrónica funciona com mais eficiência em frequências mais baixas.
Qualquer dia ainda vamos para aí ter energia que em vez de pagarmos vamos receber dinheiro para consumir!
Semelhantes a juros de depositos?
Finalmente algo realmente fantástico, que tem potencial para transformar este planeta para melhor! Venha mais investigação nesta área depressa!
Energia infinita??
Só se for como as das pulseiras Power Balance…