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Cientistas vão tentar ressuscitar espécie extinta

Um grupo de cientistas em Espanha obteve financiamento para tentar clonar um bucardo, espécie extinta de cabra de montanha espanhola, a partir de uma amostra de células preservadas do último exemplar vivo. 

O bucardo (Capra ibex ibex) extinguiu-se em 2000, mas células do último exemplar vivo, uma fêmea de nome Célia, foram preservadas em azoto líquido.

Em 2003, uma equipa de cientistas liderada por Alberto Fernandez-Arias, director do Parque Nacional de Ordesa e Monte Perdido, em Aragão, Espanha, conseguiu clonar com sucesso e trazer à vida uma cria de bucardo a partir de uma célula de Célia.

Este foi um evento histórico, considerado o primeiro caso de uma ‘des-extinção’, mas a cria, com um defeito num dos pulmões, apenas sobreviveu 10 minutos, tendo perecido com problemas respiratórios.

Alberto Fernandez-Arias irá agora recorrer a tecnologia actual para testar a viabilidade de usar novamente as células de Célia, preservadas durante 14 anos, clonando-as em embriões ‘in vitro’.

Se estas primeiras experiências forem bem sucedidas e as células ainda estiverem ‘vivas’, a equipa tentará clonar embriões em fêmeas de cabras de outras espécies, e eventualmente fazer nascer alguns exemplares de fêmeas de bucardo.

Esta segunda fase permitiria estabelecer um plano de reprodução e concretizar com sucesso a primeira ‘des-extinção’ de uma espécie na história da biologia.

O bucardo, Pyrenean ibex ou Capra ibex ibex, era uma das quatro subespécies de cabra ibérica selvagem, habitando apenas na Península Ibérica. Outra das sub-espécies, a Cabra Montesa portuguesa (Capra pyrenaica lusitanica), extinguiu-se em 1892.

Abaixo, vídeo do talk de Alberto Fernandez-Arias sobre a ‘des-extinção’ no TEDx em Maio de 2013:

AJB, ZAP //

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