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Cientistas querem surfar em explosões de estrelas à velocidade da luz

NASA

Investigadores da Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, descreveram um método para realizar viagens interestelares a velocidades próximas às da luz sem usar motores nem propulsores.

Em teoria, é possível que uma nave espacial aproveite a enorme quantidade de energia libertada como consequência da explosão de uma estrela, segundo explicam os autores do trabalho, cuja versão preliminar foi publicada online em fevereiro.

Isto exigiria uma vela solar ou magnética, que usaria a energia da supernova de forma semelhante à forma como um veleiro usa a força do vento. É um modelo de propulsão baseado no uso de radiação solar para gerar pressão sobre um material altamente refletivo e, assim, criar uma força de impulso sem a necessidade de combustíveis.

Por sua vez, para atingir velocidades ainda mais altas do que a radiação solar permite, outra possibilidade seria acelerar a nave espacial através da energia direcionada, ou seja, visando a vela com um raio laser.

Uma vela cujo peso fosse menor do que meio grama por metro quadrado seria suficiente para a sonda atingir velocidade relativística – uma fração da velocidade da luz.

A energia libertada por uma supernova é milhares de milhões de vezes maior do que a emitida pelo Sol no decorrer de um mês. Assim, o vento solar só é capaz de acelerar uma vela solar para um milésimo da velocidade com que a luz viaja, enquanto que, com uma explosão estelar, atingiria um décimo da velocidade da luz.

No entanto, para fazer esse tipo de viagem, seria necessário resolver uma série de dificuldades. Por exemplo, evitar altos níveis de atrito com as correntes de gás geradas por estrelas massivas que poderiam destruir a nave espacial. Para isso, seria necessário abrir a vela no momento da explosão e dobrá-la para evitar atritos com o ambiente gasoso.

A vela solar deve ser feita de um material suficientemente refletivo para não absorver muita energia e incendiar-se como consequência.

Da mesma forma, seria necessário saber exatamente o momento em que a estrela explode e posicionar oportunamente a nave espacial para tirar proveito da supernova.

Além disso, seria essencial calcular a trajetória da nave espacial para evitar possíveis colisões com partículas espaciais sólidas.

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