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Cientistas revelam pela primeira vez como é o polo norte do Sol

Embora existam muitas missões da Agência Espacial Europeia (ESA) com o objetivo de analisar o nosso astro, a maioria das sondas tem focado as suas observações nas regiões equatoriais, deixando os polos relativamente inexplorados – até então.

Uma equipa de cientistas recorreu à criatividade e criou imagens do polo norte do Sol, uma das regiões remotas do nosso astro. Os especialistas partiram de uma extrapolação das observações a baixa altitude de Sol, realizadas pela missão Proba-2 da ESA, para reconstruir o cenário do polo norte do Sol – as imagens são incríveis.

Apesar de não ser possível ver os polos diretamente, quando a nave espacial explora a atmosfera solar, recolhe dados de tudo o que entra no seu campo de visão, incluindo a atmosfera que se estende ao longo do disco solar. A partir destes dados, os cientistas conseguiram deduzir uma possível aparência das regiões polares.

ESA / Observatório Real da Bélgica

Na imagem – que inclui dados do SWAP (câmara ultravioleta extrema da Proba-2) – é possível observar os traços deixados pela fotomontagem. A linha que cruza o centro apareceu devido às pequenas mudanças na atmosfera solar que ocorreram durante o tempo necessário para se criar a imagem.

Sem contar na saliência brilhante na parte superior direita do Sol que surgiu devido a um buraco coronal de baixa latitude que gira em torno do disco solar.

A região do buraco coronal polar, que pode ser vista como uma mancha escura no centro do disco solar, é uma fonte de vento solar rápido. É possível notar que há uma rede subtil de estruturas claro-escuras, que podem causar variações na velocidade deste vento.

“Esse tipo de visão contribui significativamente para desvendar os segredos dos polos, bem como para perceber de que forma ondas se propagam pela nossa estrela ou então para compreender como se originam fenómenos como buracos e ejeções coronais, que afetam o clima espacial em torno da Terra”, explicou a ESA no seu site oficial.

Embora este tipo de imagens contribua muito para melhor perceber os polos, é ainda necessário ter observações diretas destas regiões, de forma a completar os dados recolhidos até então pela sonda Ulysses, acrescenta a Europa Press.

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