ZAP // Dall-E-2
Uma equipa de investigadores está a estudar a possibilidade de usar micro buracos negros para gerar eletricidade, que poderia ser extraída dos corações de estrelas mortas ou formadas na altura do Big Bang.
Embora ainda teóricos, os chamados buracos negros primordiais, que podem ser de tamanho subatómico, oferecem a promessa de uma fonte de energia praticamente ilimitada e mais eficiente do que as tecnologias atuais de energia solar.
Os investigadores acreditam que estes buracos negros poderiam ser utilizados para produzir energia elétrica, convertendo cerca de 25% da massa absorvida em energia.
O estudo, desenvolvido por Zhan-Feng Mai, investigador da Universidade de Pequim, e Run-Qiu Yang, da Universidade de Tianjin, ambas na China, foi recentemente pré-publicado no arXiv.
A ideia é baseada na teoria da radiação de Hawking, segundo a qual um buraco negro perde massa através da interação entre o seu horizonte de eventos e os campos quânticos circundantes, explica o BGR.
Segundo os autores do estudo agora apresentado, os buracos negros menores perdem massa de forma mais rápida, o que poderia levar ao desenvolvimento de um método para regular a alimentação de massa de um buraco negro primordial, de modo a mantê-lo estável e a gerar energia continuamente.
Contudo, colocar esta ideia em prática levanta enormes desafios, não só pela natureza hipotética dos buracos negros primordiais, mas também pela incerteza de como poderíamos, de facto, capturar e usar a sua energia.
A realização de testes práticos é considerada, por enquanto, impossível.
No entanto, os autores do estudo estão confiantes de que seria possível alimentar um buraco negro primordial com uma quantidade mínima de massa — a suficiente para que o buraco negro emitisse energia sob a forma de radiação de Hawking, e capturar essa energia.
Tal permitiria, dizem os investigadores, converter cerca de 25% da massa fornecida em energia, dando-nos potencialmente uma fonte ilimitada de energia, com uma eficiência superior à que as tecnologias atuais atingem
Esperemos então pelos avanços científicos que permitam no futuro a concretização desta ideia revolucionária.
