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Cientistas produzem grafeno, o “material-maravilha”, com uma varinha mágica

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Uma equipa de investigadores assegura ter produzido grafeno, considerado o material do futuro para a eletrónica e a nanotecnologia, com uma simples varinha mágica de cozinha.

A produção de grafeno, presente em estado natural na grafite dos lápis, é difícil e onerosa à escala industrial.

Um grupo de cientistas britânicos e irlandeses explica na revista Nature Materials como obteve folhas microscópicas de grafeno, misturando com um equipamento industrial, mas também com uma varinha mágica, o pó de grafite com “líquido esfoliante”.

Os investigadores conseguiram fabricar folhas de grafeno com cerca de um nanómetro (um bilionésimo de metro) de espessura e cem nanómetros de comprimento, em suspensão num líquido, que pode ser aplicado em superfícies ou misturado com matérias plásticas.

Segundo a equipa, a estrutura bidimensional do grafeno não foi danificada pela operação.

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O professor Jonathan Coleman, do Trinity College de Dublin, na Irlanda

O professor Jonathan Coleman, do Trinity College de Dublin, na Irlanda

“Desenvolvemos uma nova forma de fazer folhas de grafeno”, declarou à agência AFP um dos autores do estudo, Jonathan Coleman, professor de química na universidade Trinity College, em Dublin, na Irlanda, acrescentando que o método usado “pode ser adaptado à escala industrial”.

O grafeno, a substância mais fina do mundo, mas mais forte do que o aço, tem propriedades múltiplas, nomeadamente eléctricas – é mais condutor do que o cobre – e mecânicas – é 100 a 300 vezes mais resistente ao corte do que o aço.

Há um interesse crescente na sua utilização para substituir semicondutores na próxima geração de computadores, ecrãs tácteis, pilhas e painéis solares.

Em 2004, o holandês Andre Geim, galardoado em 2010 com o Prémio Nobel da Física,  juntamente com o russo-britânico Konstantin Novoselov, conseguiu isolar o grafeno com a ajuda de uma simples fita adesiva.

ZAP // Lusa

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