Cientistas criam moléculas artificiais que se comportam como as reais

ZAP // Rawpixel

Uma equipa de cientistas da  Radboud University desenvolveu molecules sintéticas que se assemelham a moléculas orgânicas reais.

Num avanço significativo da ciência, uma equipa de cientistas da Universidade de Radboud, liderada por Alex Khajetoorians e Daniel Wegner, desenvolveu moléculas sintéticas que simulam o comportamento de moléculas orgânicas reais.

Esta abordagem inovadora permitirá uma compreensão detalhada e a manipulação de propriedades moleculares — que anteriormente eram difíceis ou impossíveis de realizar.

Os investigadores tinham o objetivo de criar um simulador quântico para capturar eletrões e criar moléculas artificiais que imitassem as reais.

O sucesso da pesquisa foi relatado por Emil Sierda, primeiro autor do estudo, que destaca a surpreendente semelhança entre as moléculas criadas e as moléculas reais. “A semelhança é tal, que é desconcertante”, diz Sierda, citado pelo Phys.org.

A equipa procurava essencialmente compreender melhor como as moléculas mudam e reagem. Ao simular moléculas, esperavam poder manipulá-las de formas que com as reais é quase impossível.

Desenvolveram então uma técnica para criar uma versão artificial do benzeno, molécula orgânica básica na química, essencial em vários compostos químicos,  como o estireno usado na produção de poliestireno.

Para facilitar a sua manipulação, a molécula artificial de benzeno foi sintetizada com um tamanho dez vezes superior ao da molécula real.

As potenciais aplicações desta técnica revolucionária de simulação de moléculas, que foi apresentada num estudo publicado na revista Science, são vastas.

Segundo Daniel Wegner, professor assistente na Radboud University, este simulador pode fornecer uma melhor visão das moléculas e das suas reações em todos os campos da ciência — abrindo possibilidades extraordinárias, por exemplo, no desenvolvimento de novos materiais na indústria informática e eletrónica.

A técnica pode também mostrar-se precioso na criação de dispositivos eletrónicos de molécula única artificial, permitindo o fabrico de componentes significativamente menores nos chips de computador.

E a longo prazo, explicam os investigadores, o simulador pode possibilitar uma compreensão detalhada das reações químicas — como se estivessem a acontecer em câmara lenta.

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