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Cientistas aumentaram a longevidade de vermes em 500% (e isso é bom para os humanos)

(dr) Caltech

Uma equipa internacional de cientistas identificou vias celulares sinérgicas responsáveis pela longevidade em vermes da espécie C. elegans, conseguindo através destas aumentar a vida útil destes organismos até cinco vezes.

De acordo com o portal Science Alert, os cientistas conseguiram o aumento na esperança de vida através de algumas alterações genéticas nestes organismos.

Para já, o aumento na longevidade só foi possível nestes nemátodos redondos, que têm um ciclo de vida muito curto – três a quatro semanas -, o que os torna muito fáceis de monitorizar durante o procedimento científico.

De acordo com um dos cientistas envolvidos no estudo, citado pelo portal Futurism, o aumento conseguido nestes vermes é equivalente a 400 ou 500 anos de vida humana.

As vias celulares identificadas também estão presentes no corpo humano, levando os cientistas a acreditar que esta investigação, cujos resultados foram em julho de 2019 publicados na Cell Reports, podem abrir portas para prolongar a vida saudável do Homem.

Atualmente, já há uma série de medicamentos a serem desenvolvidos para aumentar a longevidade humana alterando estas mesmas vias celulares.

“A descoberta do efeito sinérgico abre as portas para terapias anti envelhecimento ainda mais eficazes”, disse a equipa, citada em comunicado.

“A extensão sinérgica é realmente selvagem (…) O efeito não é um mais um igual a dois, mas antes um mais um igual a cinco. As nossas descobertas demonstram que nada na natureza existe no vácuo. Para desenvolver tratamento anti-envelhecimento mais eficazes, precisamos de olhar para as redes de longevidade e não para os caminhos individuais”, disse Jarod Rollins, um dos autores da investigação.

Investigação abre portas a novas terapias

Em comunicado, os cientistas explicam que é agora necessário perceber como é que estas vias sinalizadas interagem. “Apesar da nossa descoberta das vias celulares que governam o envelhecimento nos vermes da espécie C. elegans, ainda não é claro como é que estas interagem“, disse Hermann Haller, presidente do Laboratório Biológico MDI.

“Ao ajudar a caracterizar estas interações, os nosso cientistas estão a preparar o caminho para as terapias necessárias para aumentar a esperança média de vida saudável de uma população que envelhece rapidamente”, rematou o especialista.

A investigação foi levada a cabo por cientistas do Laboratório Biológico MDI, nos Estados Unidos, em colaboração com o Buck Institute for Research on Aging, também nos Estados Unidos, e a Universidade de Nanjing, na China.

ZAP //

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