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Estudo identifica cidades europeias com maior mortalidade devido à poluição do ar

Madrid, Antuérpia e Torino (em Espanha, Bélgica e Itália, respetivamente) lideram o ranking de mortes associadas à poluição por dióxido de azoto (NO2). Já a maior mortalidade atribuível a partículas finas é encontrada em cidades de Itália, Polónia e República Checa.

Um novo estudo, conduzido pelo Instituto de Saúde Global de Barcelona (ISGlobal), em colaboração com investigadores do Instituto Suíço de Saúde Pública e Tropical (TPH) e da Universidade de Utrecht, estimou, pela primeira vez, o peso da mortalidade atribuível à poluição do ar em mais de mil cidades da Europa.

O artigo científico, publicado no dia 19 de janeiro na The Lancet Planetary Health, inclui um ranking das cidades europeias com maior mortalidade atribuível a cada um dos dois poluentes do ar estudados: partículas finas (PM2,5) e dióxido de azoto (NO2).

Segundo o EurekAlert, os resultados deste estudo revelam que, se todas as cidades analisadas conseguissem cumprir os níveis de PM2,5 e NO2 recomendados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), 51.900 mortes prematuras poderiam ser evitadas a cada ano, respetivamente.

O artigo científico indica ainda que, se todas as cidades fossem capazes de corresponder aos registos de qualidade do ar da cidade menos poluída, a mortalidade evitável seria significativamente maior: 125 mil mortes prematuras evitáveis ​​a cada ano graças à redução das concentrações de PM2,5 e 79 mil devido à redução do NO2.

Sasha Khomenko, do ISGlobal, explicou que os piores dados de mortalidade associados ao dióxido de azoto, um gás tóxico associado ao tráfego rodoviário, são encontrados em grandes cidades de Espanha, Bélgica, Itália ou França.

Já em relação às partículas finas, as cidades com maior carga de mortalidade encontram-se na região italiana da Planície de Padana, no sul da Polónia e no leste da República Checa.

Do lado oposto, estão as cidades com a menor carga de mortalidade atribuível à poluição do ar, tanto na classificação PM2,5 quanto na classificação NO2, como Reykjavik (Islândia) e Tromso (Noruega), cidades do norte da Europa.

Para consultar os rankings e os dados de cada uma das cidades, o ISGlobal criou o site www.isglobalranking.org, disponível em inglês, espanhol e catalão.

Segundo o estudo, as dez cidades europeias com a maior carga de mortalidade atribuível à poluição por PM2.5 são: Brescia (Itália); Bergamo (Itália); Karviná (República Checa); Vicenza (Itália); União Metropolitana da Alta Silésia (Polónia); Ostrava (República Checa); Jastrzebie-Zdrój (Polónia); Saronno (Itália); Rybnik (Polónia) e Havírov (República Checa).

Já as dez cidades com a maior carga de mortalidade associada ao NO2 são: Madrid (Espanha); Antuérpia (Bélgica); Turim (Itália); Paris (França); Milão (Itália); Barcelona (Espanha); Mollet del Vallès (Espanha); Bruxelas (Bélgica); Herne (Alemanha) e, por fim, Argenteuil – Bezons (França).

Liliana Malainho, ZAP //

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