Cidadãos búlgaros que chegaram a Paris para trabalhar foram repatriados

(CC0/PD) nuno_lopes / pixabay

Mais de 70 cidadãos búlgaros que chegaram a Paris para trabalhar foram repatriados esta sexta-feira. A decisão foi denunciada por várias organizações defensoras de imigrantes.

Mais de 70 cidadãos búlgaros que chegaram na terça-feira a Paris, em França, para trabalhar, foram repatriados esta sexta-feira, uma decisão denunciada por várias organizações defensoras de imigrantes e que contradiz as declarações feitas pelo ministro do Interior.

De acordo com a agência France-Presse (AFP), Christophe Castaner disse que, apesar de as fronteiras continuarem encerradas – ao nível da União Europeia, Espaço Schengen e Reino Unido – até 15 de junho, “certas derrogações adicionais serão possíveis“.

O governante falava durante a apresentação das medidas para relaxamento das restrições implementadas para mitigar a propagação da pandemia, ao lado do primeiro-ministro, Édouard Philippe.

Christophe Castaner esclareceu que “uma razão económica imperativa, em especial os trabalhadores agrícolas sazonais”, está entre as exceções para a entrada de cidadãos estrangeiros em território francês.

No entanto, a diretora da Associação Nacional de Assistência Fronteiriça para Estrangeiros, Laure Palun, considera que o anúncio feito pelo Governo é “completamente contraditório com o que aconteceu esta manhã”, quando mais de 70 cidadãos búlgaros foram repatriados.

De acordo com a dirigente associativa, estes cidadãos europeus aterraram em Paris na terça-feira e foram transferidos para uma zona onde são mantidas as pessoas que não possuem autorização para entrar no país.

Os cidadãos “possuíam um certificado para trabalhar em França, comprovando que tinham sido recrutados por empresas para trabalhar na área da jardinagem ou na construção civil como trabalhadores sazonais”, explicita Laure Palun.

Estes 73 cidadãos búlgaros foram repatriados na manhã desta sexta-feira porque não eram trabalhadores de “interesse económico nacional”, como os que vêm trabalhar, por exemplo, para a produção de máscaras, explicou à AFP uma fonte do aeroporto de Paris – Charles de Gaulle, na capital francesa.

ZAP // Lusa

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