Chegou o kit de energia solar que qualquer pessoa pode ter em casa

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Uma empresa alemã apresentou um pequeno kit de oito painéis fotovoltaicos que os moradores em prédios podem fixar a uma varanda — e alimentar diretamente os seus aparelhos.

Os fundadores da We Do Solar queriam “tornar a energia solar em algo acessível, um produto que qualquer pessoa pode utilizar, independentemente de alugar ou possuir o seu local de residência”, diz a cofundadora e CEO Karolina Attspodina.

De acordo com a FastCompany, o kit, que recentemente começou a ser lançado na Alemanha, fornece 600 watts de potência, o máximo que os regulamentos locais permitem se os painéis solares forem instalados por um consumidor.

A empresa não queria que os utilizadores tivessem de contratar um eletricista ou outros profissionais os seus painéis — que são concebidos para serem leves e fáceis de fixar numa grade de varanda, com um único cabo que sai dos módulos para se ligar a uma tomada de parede.

Um pequeno inversor converte a energia para a tornar utilizável em fichas em todo o apartamento.

“Numa casa média, a nossa solução, trabalhando em plena capacidade de produção, pode reduzir as contas de eletricidade em até 25% e poupar até 600 quilos de CO2 por ano, o que equivale ao trabalho de uma floresta de 0,1 hectares”, diz Attspodina.

Uma aplicação rastreia quanta energia solar foi produzida e também mostra aos consumidores a sua poupança de CO2 em tempo real. Qualquer energia não utilizada pelo apartamento flui de volta para a rede, embora mais tarde a empresa planeie oferecer uma bateria para armazenar energia extra.

A We Do Solar, que começou a vender os seus painéis em Fevereiro, registou um crescimento rápido desde que os preços da energia subiram na Europa devido à invasão da Ucrânia pela Rússia. “Após o início da guerra, vimos as nossas encomendas aumentar em 70%”, diz Attspodina.

“Houve um enorme pânico entre as pessoas que tentavam assegurar a independência da rede, tanto porque queriam reduzir a sua dependência do gás russo como (porque estavam) preocupadas com o Inverno frio que se aproximava e potencialmente não tendo energia suficiente”, explica a co-fundadora da empresa.

O kit custa 1,299€ e é também oferecido como aluguer gratuito aos proprietários de automóveis elétricos, que podem trocar os créditos de carbono que ganham pela utilização de veículos elétricos na Alemanha.

A empresa também planeia trabalhar com empresas que podem comprar os painéis como um bónus para os empregados. Mais tarde, oferecerá uma opção de aluguer mensal para pessoas que não queiram comprometer-se a comprar os painéis.

Mas, diz Attspodina, os painéis são muito fáceis de realojar. “Uma vez que os painéis são super leves, é muito fácil desmontá-los, movê-los entre lugares, e fixá-los a uma nova varanda”.

Embora a empresa esteja agora focada no mercado europeu, planeia eventualmente expandir-se para outras partes do mundo.

Attspodina instalou recentemente o seu próprio kit na varanda do seu apartamento, num quinto andar em Berlim.

“Ainda não recebi a minha nova conta de eletricidade, mas posso dizer-vos que já poupei até agora cerca de 35 quilos de emissões de CO2, o que me dá a sensação de que estou a fazer algo para combater as alterações climáticas”, diz Attspodina.

E, conclui, a necessidade de fazer mais é penosamente óbvia. “Neste momento, estou sentada em Berlim com uma temperatura recorde de 40°C. Isto é totalmente anormal”.

Inês Costa Macedo, ZAP //

3 Comments

  1. Olá, bom dia a todos!
    Chamo-me Roberto Carlos sou residente do Funchal, sou inventor e a ideia chama-se Máquina J. C. Energia Cinética e amigo do ambiente!
    Só não tenho é financeiro para investir a ideia. Alguém quer gastar dinheiro em troca de uma passaria? A patente não é para vender. Obrigado cumprimentos electricista Roberto Carlos

  2. Com essa de “faça você mesmo” muitas empresas tem tido muitas perdas, pois uma pessoa comum nunca vai conseguir tirar o melhor aproveitamento de um equipamento como um profissional, e com isso o nível de insatisfação do cliente aumenta muito e no final o cliente que não tem culpa vai culpar a fabricante e o restante da história todos já sabem.

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