O líder do Chega denunciou, esta quinta-feira, que o partido “não tem o domínio total de muitas das funcionalidades, quer do site, quer do portal”.
O líder do Chega, André Ventura, disse que o partido foi alvo de um ataque informático no portal partidário e no seu site e que irá apresentar esta sexta-feira participação na Procuradoria-Geral da República.
Pouco depois de ter respondido a perguntas dos jornalistas antes do jantar-comício em Chaves, distrito de Vila Real, Ventura voltou a chamar a comunicação social para uma comunicação, em que disse que o partido foi alvo de um ataque informático ao fim da tarde, que terá afetado o site e portal do Chega.
A Lusa consultou o site do partido e aparentemente está a funcionar.
Segundo o líder do partido de extrema-direita, o Chega “não tem o domínio total de muitas das funcionalidades, quer do ‘site’, quer do portal”.
“Há e-mails que não estão a funcionar”, referiu, numa comunicação onde não soube esclarecer se os ataques levaram à subtração de dados ou outro tipo de informação alojada naquelas duas plataformas.
Com uma página A4 com um gráfico, André Ventura explicou que os picos que se viam estavam relacionados com os vários ataques, com alguns deles a terem tido origem em servidores alojados em países terceiros.
“A situação neste momento é algo complexa”, referiu, lamentando que a situação ocorra “no meio de uma campanha eleitoral”.
Questionado pela agência Lusa sobre como foi identificado o ataque, André Ventura não soube responder – “percebo muito pouco disto” -, tendo também escusado divulgar a empresa de cibersegurança que está a reportar a situação.
No final, a Lusa pediu a página A4 que apresentava na comunicação, mas o líder do Chega referiu que só a irá divulgar após a participação à Procuradoria-Geral da República, que deverá decorrer na sexta-feira.
Antes dessa comunicação, Ventura reagiu às últimas sondagens, salientando que o partido surge agora “isolado no terceiro lugar”, repetindo a ideia de que “não haverá nenhuma maioria de direita sem o Chega”.
“Rui Rio tem que lidar com isto”, vincou.
Questionado sobre os insultos de que foi alvo a líder do PAN, Inês de Sousa Real, em Beja, em que estavam pessoas ligadas ao Chega, André Ventura salientou que a sua atitude “será sempre de reprovação” de insultos, “seja quem for o envolvido”.
“É sabido o que penso do PAN, mas outra coisa é insultos e violência. Em política, todos perdemos quando isso acontece”, acrescentou.
// Lusa