Há centenas de medicamentos esgotados. Hipertensos e diabéticos são os mais afetados

Farmacêuticos denunciam a falta de centenas de medicamentos por todo o país. Os mais afetados são os pacientes hipertensos e diabéticos.

Um pouco por todo o país, farmacêuticos continuam a denunciar a falta de vários medicamentos. Os mais afetados são os pacientes hipertensos e diabéticos, para os quais os farmacêuticos têm encontrado maior dificuldade em arranjar alternativas para os medicamentos esgotados.

O Inderal, indicado para controlar a hipertensão, está em falta há várias semanas. João Ferreira de Almeida, presidente da Associação de Lares e Casas de Repouso (ALI), denuncia o problema e diz ter sido informado que “só em janeiro será regularizado”.

O mesmo verifica-se no caso da diabetes. O uso indevido de Ozempic, aprovado e comparticipado em Portugal para o tratamento da diabetes tipo 2, para casos de perda de peso está a resultar em fortes perdas para o Serviço Nacional de Saúde e a causar disrupções no abastecimento do mercado.

Ao Correio da Manhã, a presidente da Federação Portuguesa das Associações de Pessoas com Diabetes, Emiliana Querido, sublinha que “os doentes não podem ser prejudicados” e reclama medidas que assegurem a medicação.

A solução, tanto para o Inderal como para o Ozempic, tem sido procurar os medicamentos em Espanha.

O Correio da Manhã adianta ainda que, com o inverno à porta, falta xarope não sujeito a receita médica para tratar a febre ou dores. Em Lisboa, algumas farmácias relatam ainda a falta de Ben-u-ron.

A presidente da Associação Nacional das Farmácias, Ema Paulino, diz que há um grupo de trabalho que se debruça sobre a indisponibilidade de medicamentos no Infarmed, que procura prever possíveis faltas.

Em outubro, segundo o CM, foram identificadas 858 apresentações de falta de medicamentos, sendo que o Lorenin, o Inderal, o Ovestin, o Ozempic e o Cloxam são alguns dos exemplos dos remédios esgotados.

ZAP //

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