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Cátio Baldé acusado de comprar vistos para jogadores do Benfica

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Cátio Baldé está a ser acusado de corrupção passiva por ter pagado a um funcionário da embaixada portuguesa em Bissau para conseguir vistos para jogadores do Benfica. O empresário admite o crime, mas nega o envolvimento do clube.

O empresário guineense Cátio Baldé foi acusado de corrupção passiva por ter pagado mais de 20 mil euros a um funcionário da embaixada portuguesa na Guiné-Bissau. O suborno tinha o objetivo de conseguir um visto para atletas que o agente queria levar para testes no SL Benfica. A notícia é avançada esta quarta-feira pela revista Sábado.

Cátio Baldé terá abordado o funcionário depois de, em fevereiro de 2014, a embaixada ter negado os pedidos de vistos de entrada em Portugal a três jovens futebolistas.

Segundo a acusação do Ministério Público, o agente guineense foi apenas um de dezenas de pessoas que recorreram ao funcionário da embaixada portuguesa na Guiné para conseguir vistos à margem da lei.

Um dos jovens cujo visto foi conseguido por Cátio Baldé à margem da lei já esteve para ser vendido a um clube alemão por 20 milhões de euros. A identidade do jogador acabou por não ser revelada.

O agente de futebol já reagiu às acusações e desmente o envolvimento das ‘águias’ neste processo, admitindo ter pagado a um funcionário da embaixada portuguesa em Bissau “para agilizar” os vistos para três jogadores destinados ao Benfica.

“Desminto categoricamente que o Benfica tenha alguma coisa a ver com isto. É falso. O Benfica limitou-se a aceitou receber os jogadores para os observar e fez o mesmo que todos os clubes fazem, enviou a carta a pedir o visto para atletas que convidava a prestar provas. Fui eu que ofereci esses atletas ao Benfica”, disse Baldé em declarações ao Record.

“Os vistos não foram obtidos ilegalmente, atenção”, salientou. “O único pedido é que fosse agilizado o andamento desses processos, que demoram muito tempo. Podem levar até seis meses”.

“Isto é ilegal? Evidentemente, é ilegal. É induzido a fazer corrupção? À luz do entendimento europeu é considerado corrupção. Eu assumo essa responsabilidade. Na altura estava muito demorado e eu pedi-lhe o processo fosse observado lá dentro e despachado. Mas que fique bem claro que o Benfica nada tem a ver com isto“, rematou.

Esta não é a primeira vez que o empresário do internacional português Bruma é apanhado num escândalo semelhante, lembra a Sábado. Em 2017, foi um dos arguidos de uma investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), conhecida como Visa Branco.

ZAP //

1 Comment

  1. Mais uma vez esta grande impoluta instituição vítíma de trafulhas sem escrúpulos. Até parece que fazem fila na porta 18 apenas para tramar esta espécie de santa casa da misericórdia. Este vaticano. Esta casa de santidade!

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