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Carlos Cruz denuncia: Portugal comprou votos para o Euro 2004

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cremetuliMIX / Youtube

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O ex-apresentador aproveitou ontem a apresentação da sua autobiografia para revelar que Gilberto Madaíl e José Sócrates compraram votos para garantir o Euro 2004 em Portugal.

Durante a apresentação da sua biografia intitulada “Uma Vida” realizada esta terça-feira, Carlos Cruz aproveitou a ocasião para denunciar alegadas situações de compra de votos para que o Euro 2004 se realizasse no nosso país.

Segundo o Correio da Manhã, o ex-apresentador de televisão denunciou José Sócrates, na altura ministro-adjunto de Guterres, e Gilberto Madaíl, antigo presidente da Federação portuguesa de Futebol.

Carlos Cruz, que presidiu à comissão executiva da candidatura portuguesa à organização do torneio, relembra que esses episódios aconteceram em 1999 ou em anos anteriores.

O profissional de comunicação conta que Madaíl entregou envelopes com dinheiro a um presidente de outra federação nacional, para que esse votasse em Portugal e influenciasse outros dirigentes a fazerem o mesmo.

“Alguém teve a ideia de oferecer as férias ao senhor e à família (…). À saída da reunião, Madaíl, discretamente, entregou-lhe o envelope (…). O senhor ficou muito feliz com o segundo envelope que recebeu; penso que foram 12 500 ou 15 000 dólares”, contou Carlos Cruz, citado pelo CM.

Também José Sócrates estará incluído no esquema para garantir que Portugal organizava o Europeu, segundo a denúncia do ex-apresentador.

Na sua biografia é relatada uma conversa em que confronta o ministro com as palavras de um “presidente de uma multinacional”, que prometia o voto do país onde estava sediada a empresa e ainda influenciar várias federações do leste a favor de Portugal, a troco de “uma vivenda no Algarve no valor de 100 mil dólares”.

De acordo com o livro, Sócrates terá respondido “Ó Carlos Cruz, não podemos perder isto por uma questão de dinheiro! Era o que faltava!”. “Perguntei-lhe se aquela afirmação era um ‘sim’ à proposta. Se garantisse o voto, era”, escreveu.

Confrontado com as acusações do ex-apresentador, Gilberto Madaíl afirmou ao Correio da Manhã ser “deselegante e ressabiado ele envolver-me nisso. Nunca dei dinheiro a ninguém”.

Já ao jornal desportivo Record, o ex-presidente afirmou que “Carlos Cruz devia estar calado e recatado. E ter pudor. É tudo completamente falso e ficção”.

“Não gastámos um tostão a comprar ninguém. Gastei muito da minha vida nas viagens que fiz para apresentar a nossa candidatura, sem favorecimentos. Tenho é dúvidas do que ele foi fazer a Londres para falar com uma agência. Foi a única coisa que não controlei. Aí é que não sei o que ele fez. Nunca quis Carlos Cruz no Euro. Foi um nome imposto pelo Governo”, acrescentou.

Também Pedro Delille, advogado do ex-primeiro-ministro, garantiu ao CM que essas acusações “não têm fundamento algum, é falso”.

Face às revelações de Carlos Cruz, a UEFA já garantiu que vai estar atenta aos desenvolvimentos do caso, pois desconhecia tais ilegalidades na atribuição do Euro 2004.

Carlos Cruz está a cumprir uma pena de seis anos de prisão, no âmbito do processo Casa Pia, por abusos sexuais de menores.

O ex-apresentador, preso desde 2013 na cadeia da Carregueira, está a aproveitar uma nova saída precária graças ao seu aniversário no dia 24 de março.

ZAP / Futebol 365

17 Comments

  1. Este artista tem mesmo jeito para baralhar….
    Escreveu um livro onde entram muitas mulheres, para disfarçar…
    Em relação ao futebol, nada de novo, infelizmente!

  2. Sim no futebol nada de novo… já é sabido que a UEFA e a FIFA trabalham a base de Euros e Dólares… quem paga mais tem direito a organizar os campeonatos!
    Se o Futebol tem muita corrupção… sim tem começando por estas duas instituições corruptas!

  3. Só neste País é que um pedófilo consegue ter esta visibilidade. Se tivesse um pingo de decência andava metido dentro de um saco. Qualquer coisa que outros façam serão sempre meninos de coro ao pé de um fulano que se aproveita de crianças…

    • Tenha 2 dedos de testa e dois neurónios e comece a pensar pela sua cabeça. Leia atentamente todas as provas e veja se continua a pensar assim,

      • Ler as provas?!
        Se calhar tu andas a pensar demais: deixa lá isso para quem percebe da poda!…
        .
        Estou a ver que agora basta ser pedófilo para os media derem destaque ao lançamento de um novo livro!…

  4. Eu não conheço o processo que o levou à prisão…mas uma coisa é certa: esta justiça portuguesa de justiça pouco tem e se …eu escrevo se…os factos em que ele foi condenado foram baseados somente em testemunhos e não em provas concretas…tudo isto é o habitual…penso que a justiça portuguesas acredita muito nas pessoas e não em factos e provas…e isso para mim…é o fim da justiça..Tenho consciência que as pessoas mentem muito em tribunais e que os juízes alegadamente dão como prova factual certos testemunhos….E o povo tem uma opinião dele antes de ser condenado e depois disso já é outra coisa…
    faz-me lembrar aquela história de que ninguém liga e depois todos fazem caso de..

  5. A notícia acaba com uma frase: que ele é pedófilo. Numa tentativa de desacreditá-lo. Não sei se ele é pedófilo ou não, mas até onde sei pedófilo não significa mentiroso. Pode estar a mentir ele, sim pode. Mas também pode estar a dizer a verdade. E por que o diz só agora? Porque só agora escreveu o seu livro. Investigue-se.

    • Caro leitor,
      A notícia não acaba com a apreciação subjectiva que refere.
      Acaba com uma referência objectiva ao facto de que o apresentador se encontra a cumprir uma pena de prisão.

    • Não senhor! O carlos cruz não é mentiroso. Os miudos que hoje são homens é que são todos. É um grande actor. E já devia ter sido tratado na prisão. Só não o foi ainda porque os miudos eram pobres e abandonados.

  6. E já que estava embalado nas confissões podia também confessar quem são os restantes pedófilos que constavam do grupo… sim, pq eles devem conhecer-se todos uns aos outros.

    Vá lá… faça um favor aos portugueses, para que o perdoem, zangue-se tb com as comadres da pedofilia e descubra-nos os que ficaram impunes.

  7. Lamentável é estar a ouvir um criminoso que está a cumprir uma pena por pedofilia e deixarem-no sair para arranjar mais uns anitos ‘para ser sustentado pelos meus impostos. Justiça à portuguesa olé.

    • Quando um dia for acusado de um crime que não cometeu (ou cometeu) e lhe ser recusada a defesa… queixe-se… Mas se calhar já vai tarde… A justiça portuguesa está quase tão má como a brasileira, mas a opinião pública (com o “patrocínio da “imprensa”) não faz melhor. Condena imediatamente! “Quem tem telhados de vidro que atire a primeira pedra!”

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