Novo estudo reforça o impacto do tabaco ou da alimentação. Foram analisados 30 tipos de cancro e 18 factores de risco modificáveis.
Muitas pessoas que têm cancro poderiam nunca ter tido, se controlassem de outra forma algumas rotinas da sua vida.
Um novo estudo mostra que, nos EUA, 40% dos casos e cerca de metade de todas as mortes por cancro estão relacionadas com factores controláveis.
A análise da Sociedade Americana do Cancro focou-se na incidência e na mortalidade de 30 tipos de cancro em relação a 18 factores de risco modificáveis.
As “iniciativas preventivas” são essenciais, disse no canal Euronews o autor principal do estudo, Farhad Islami.
Entre os factores de risco, o principal foi o tabaco: responsável por 20% de todos os casos de cancro e 30% das mortes por cancro nos EUA.
Excesso de peso corporal e consumo de álcool são as outras duas rotinas mais preocupantes.
Além dessas três, também se destaca a alimentação: demasiada carne vermelha e processada, défice de frutas e legumes, fibra alimentar e cálcio alimentar.
Também foram identificados outros factores: falta de actividade física, radiação ultravioleta e as infecções causadoras de cancro, como o papilomavírus humano (HPV).
Olhando só para as mortes por cancro, destacam-se a inactividade física, o baixo consumo de fruta e legumes, a radiação ultravioleta, a infecção por HPV e o consumo de carne transformada.
Os principais factores associados a casos – e não a mortes – foram: radiação ultravioleta, inactividade física, infeção por HPV, baixo consumo de frutas e legumes e consumo de carne processada.
Além da iniciativa individual, os autores do estudo defendem um acesso mais equitativo aos cuidados de saúde preventivos, além de maior sensibilização do público para os métodos de prevenção.
Insistir no abandono do tabaco ou apresentar orientações dietéticas seriam as prioridades.
Sem esquecer as vacinas necessárias, que podem reduzir substancialmente o risco de infecção crónica e, consequentemente, os cancros associados a esses vírus.