Campus universitários nos Estados Unidos podem tornar-se super-propagadores da covid-19

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Rodrigo Antunes / Lusa

Os campus universitários podem tornar-se super-propagadores do novo coronavírus, que causa a covid-19, para toda a sua área de abrangência, concluiu uma nova investigação levada a cabo nos Estados Unidos.

Analisando os 30 campus universitários dos Estados Unidos com mais casos relatados desde o início da pandemia, a equipa de cientistas da Universidade de Stanford notou que mais de metade das instituições registou picos acima de 1.000 casos semanais por 100.000 pessoas nas duas primeiras semanas de aulas.

Em algumas universidades, um em cada cinco alunos tinham sido infetado com o vírus até ao final do semestre  e quatro universidades registaram mais de 5.000 casos, escreve a agência noticiosa espanhola Europa Press.

Em 17 dos 30 campus universitários estudados, o novo modelo computorizado criado pela universidade norte-americana mostra que há surtos que se traduzem diretamente em picos de infeção nos seus condados de origem.

“Os legisladores usam, por norma, uma incidência de 50 casos de covid-19 semanais por 100.000 pessoas como um limite para países, estados ou regiões de alto risco”, começou por dizer Hannah Lu, autor da nova investigação.

“Todas as 30 instituições acompanhadas no nosso estudo excederam esse valor. O número de alunos que foram infetados apenas no outono passado é mais do que o dobro da média nacional desde o início do surto”, continuou.

A nova investigação, cujos resultados foram publicados recentemente na revista Computer Methods in Biomechanics and Biomedical Engineering, mostra, contudo, que o controlo rigoroso de surtos pode reduzir os picos de infeção em cerca de duas semanas.

Os cientistas reconhecem que uma das limitações do estudo está relacionada com a população real de estudantes, que foi estimada com base no total de matrículas no primeiro semestre, não sendo relatada diretamente.

[Esta situação] subestima, provavelmente, a incidência máxima real e a franja de alunos no campus que foram afetados pelo vírus”, pode ler-se no novo estudo.

A autora sénior do estudo, Ellen Kuhl, remata: “Surpreendentemente, estes surtos em campus locais espalharam-se rapidamente por todo o condado e desencadearam um pico de infeções em comunidades vizinhas em mais de metade dos casos”.

“Os nosso resultados confirmam o medo generalizado no início do outono de que as faculdades se possam tornar novos pontos quentes de transmissão de covid-19. Mas, simultaneamente, os administradores das faculdades devem ser aplaudidos pelas suas respostas rápidas para controlar com sucesso os surtos locais”.

ZAP //

1 Comment

  1. Acho que aquilo que mata mais e contagia mais e mais danos trazem a todos não é pandemimia nehuma em si, e sim esse carnaval e onde seus divulgadores e defensores, eles só descansam no dia de domingo e no dia de eleição, de segunda a sábado é 24 horas por dia nesse terrorismo, não conseguem completar uma frase sem colocar o bedito no meio.

    E outra coisa quem vai ser responsabilizado por todo esse caos, quebradeiras, suicidios, pessoas passando fome ou morrendo de fome, de doenças dentro de casa, desempregados?

    Agenda 2030, então teremos de esperar 1/3 da população?

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