Bulgária solicita escusa do embargo europeu ao petróleo russo

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Vassil Donev / EPA

O primeiro-ministro da Bulgária, Kiril Petkov, e o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte.

O primeiro-ministro da Bulgária, Kiril Petkov, e o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte.

O governo búlgaro confirmou nesta segunda-feira que solicitou à Comissão Europeia a sua exclusão do planeado embargo à compra do petróleo russo, porque a sua única refinaria só pode processar este tipo de crude.

Esta posição foi expressa pelo primeiro-ministro búlgaro, Kiril Petkov, durante uma conferência de imprensa conjunta, em Sofia, com o seu homólogo holandês, Mark Rutte.

O chefe do governo búlgaro afirmou que o seu país é um dos que mais resistiu mais pressões russas em relação ao pagamento do gás com rublos, o que contribuiu para reduzir o fluxo de dinheiro para Moscovo.

“Esperemos que haja compreensão da Comissão Europeia, do que temos indícios, uma vez que não podemos passar de 95% de dependência do gás para zero e, ao mesmo tempo, colocar um embargo sobre a nossa única refinaria, que só funciona com crude de tipo Ural”, disse.

“Vamos pedir que a Bulgária seja parte das exceções, até que tenhamos a infraestrutura adequada, por exemplo um oleoduto com a Grécia”, disse Petkov, considerado um europeísta, acrescentando que o seu país apoia os seus parceiros europeus, mas que não está em condições de decretar um embargo ao petróleo russo.

A empresa estatal russa Gazprom cortou, em finais de abril, o fornecimento de gás à Polónia e Bulgária, país este que importava 95% do gás que consome da Federação Russa.

Rutte felicitou a Bulgária e a Polónia pela forma como reagiram à exigência da Gazprom de ser paga em rublos.

“A luta não é entre a Federação Russa e a Bulgária e entre a Federação Russa e a Polónia, mas sim entre a Federação Russa e a Polónia”, concluiu.

A Comissão Europeia propôs incluir um embato à compra de petróleo russo no sexto pacote de sanções à Federação Russa por ter invadido a Ucrânia.

Países como Eslováquia e Hungria opõem-se a esta medida, argumentando com a sua dependência energética da Federação Russa.

// Lusa

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