Aqui está, a primeira derrota do Benfica na Liga bwin 22/23 e em toda a temporada, no que a jogos oficiais diz respeito.
Após ser afastado da Taça da Liga num grupo só com equipas da segunda Liga, os “encarnados” foram à Pedreira perder de forma concludente com o Braga por 3-0.
O resultado ajusta-se perfeitamente ao que de passou no encontro.
Os minhotos marcaram cedo, por Abel Ruiz, depois Ricardo Horta (olha quem) bisou e colocou a nu as claras debilidades físicas da formação benfiquista neste regresso após o Mundial 2022.
Falta de velocidade, intensidade e clarividência, sintomas aproveitados na perfeição pelos minhotos, e o Benfica já só tem cinco pontos de vantagem sobre o Porto, segundo classificado.
Excelente arranque de jogo do Braga, que aos dois minutos chegou ao golo, na sequência de um livre, com a bola a chegar a Abel Ruiz na grande área.
O espanhol, sem marcação, atirou forte para o 1-0. Um tento que atirou os “encarnados” para o ataque, com pressão, tentativa de encetar combinações defensivas, mas sem intensidade e velocidade, uma gritante falta de largura no seu jogo e a esbarrar na boa organização minhota.
Aliás, a melhor ocasião após o primeiro golo surgiu aos 27 minutos, de novo com Abel Ruiz na jogada, a obrigar Vlachodimos a grande intervenção.
Só o Braga criava perigo e o 2-0 acabou por surgir no melhor período dos bracarenses.
Decorria o minuto 32 quando Ricardo Horta – alvo falhado do Benfica, no Verão – concluiu com um remate forte uma boa jogada colectiva dos da casa, ao sexto disparo da equipa, quarto enquadrado, na 13ª acção com bola na área benfiquista.
Os lisboetas tinham um só remate, desenquadrado, e duas acções na área adversária.
Com um golo e uma assistência, Abel Ruiz foi a figura da primeira parte, com um GoalPoint Rating de 6.4. Destaque também para dois remates enquadrados em dois tentados e sete acções com bola na área benfiquista, mais do que todos os jogadores da “águia” juntos (5).
Florentino ficou nos balneários ao intervalo, entrou Petar Musa para o ataque e, aos 48 minutos, Gonçalo Ramos esteve quase a desviar com sucesso um belo cruzamento de João Mário.
Aos 52 foi Fredrik Aursnes a obrigar Matheus a grande defesa. Contudo, ao atacar com tudo, o Benfica subia demasiado as suas linhas e o Braga ia aproveitando para realizar velozes contra-ataques, com os seus jogadores a encontrarem espaços com facilidade.
Num desses lances, Alexander Bah não conseguiu fazer o corte, Iuri Medeiros isolou-se e serviu para Ricardo Horta bisar (70′).
Estava encontrado o vencedor, apesar de o Benfica nunca ter desistido de procurar pelo menos o golo de honra, que acabou por não surgir. Tempo ainda para João Neto, de apenas 18 anos, estrear-se em jogos oficiais com a camisola benfiquista.
Melhor em Campo
Muito se falou da possível ida de Ricardo Horta no Verão para o Benfica, do negócio que caiu por terra, e até durante esta quinta e sexta-feira o tema voltou à baila.
Muitos afirmaram que Horta iria “amuar” por não dar o salto, mas a época do internacional português tem contrariado esse vaticínio.
No jogo desta 14ª jornada, frente ao emblema interessado nos seus serviços, o criativo deu um recital, com dois golos marcados em três remates, três passes para finalização, seis ofensivos valiosos, dez passes progressivos recebidos (máximo) e sete acções com bola na área contrária, além de oito recuperações de posse.
Foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 8.0.
Destaques do Braga
Abel Ruiz 6.8
O abre-latas que começou por decidir tudo. O espanhol marcou logo aos dois minutos, depois assistiu para o primeiro golo de Ricardo Horta, terminando com dois remates, ambos enquadrados, o máximo de acções com bola na área contrária (9), dois dribles completos em cinco e uma condução super aproximativa.
André Horta 6.6
Que grande jogo do “maestro” bracarense. André pautou todo o futebol dos minhotos, fez dois passes para finalização, oito passes progressivos e dois super progressivos, mas também seis recuperações de posse e três acções defensivas no meio-campo contrário.
Víctor Gómez 6.4
O lateral-direito fez dois passes para finalização e tapou muito bem o seu flanco, terminando com dois bloqueios de remate.
Matheus Magalhães 6.4
Nas poucas vezes que o Benfica conseguiu importunar o guardião bracarense, este respondeu com segurança e tranquilidade, registando três defesas, duas a remates na sua grande área, uma saída pelo ar e outra pelo solo eficazes e ainda duas a soco.
Iuri Medeiros 6.4
O atacante bracarense encontrou sempre muitos espaços, quer nas costas da defesa “encarnada”, quem em zonas interiores. Foi num destes lances que fez a assistência para o 3-0, de Ricardo Horta, registando no final três passes para finalização e nove passes progressivos recebidos.
Destaques do Benfica
Vlachodimos 5.9
O melhor do Benfica foi o seu guarda-redes e nem ele atingiu sequer o 6.0. O grego fez três defesas e duas saídas pelo solo eficazes.
Aursnes 5.7
Um dos melhorzinhos do Benfica na Pedreira. O norueguês fez seis passes ofensivos valiosos, bem como o máximo de passes progressivos (10) e super progressivos (3).
Otamendi 5.5
O campeão do Mundo chegou e apresentou-se ao nível dos restantes, muito abaixo do habitual. O argentino, ainda assim, completou 90% dos passes, fez 102 acções com bola e nove recuperações de posse. Perdeu duas posses no primeiro terço.
António Silva 5.4
Tal como Otamendi, esteve discreto e, coisa rara, registou um rating abaixo de 6.0. Destaque para nove recuperações de posse e três desarmes.
Grimaldo 5.0
Muito abaixo do normal, não conseguindo os desequilíbrios pelo flanco canhoto. O espanhol fez nove recuperações de posse e quatro intercepções (máximo), mas desperdiçou uma ocasião flagrante.
João Mário 5.0
Também passou mais ou menos ao lado do jogo. Destaque para dois passes para finalização e dois cruzamentos de bola corrida em seis, mas também sofreu dois desarmes.
Enzo Fernández 4.8
Poucos dias após regressar e com notícias que o dão perto do Chelsea, o campeão do Mundo esteve mal na partida. É certo que registou o máximo de passes certos (2) e tentados (99), mas também foi dele o número mais alto de falhados (17). Somou o máximo de acções com bola (114), mas também de perdas de posse (23).
Rafa Silva 3.9
Irreconhecível. Tentou acelerar o jogo, mas sempre pelo meio, acabando travado facilmente pelos seus adversários. Somou seis acções com bola na área contrária, completou duas de cinco tentativas de drible e sofreu o máximo de faltas (6), mas também somou dois desarmes sofridos e dois mus controlos de bola.
Resumo
// GoalPoint
Enzo,: »o campeão do Mundo esteve mal na partida». Pois. Vi logo pela cara do jogador que ele estava bem. Tinha a cabeça noutro lado. É humano.
*queria dizer: «ele não estava bem».
Correu mal. E daí? Que vá em paz e deixe o dinheirinho ao Benfica. Está tudo muito preocupado.
És muito perspicaz, A. Santos, viste pela cara, mas numa coisa tens razão,. o rapaz ja está com a cabeça noutro lado, que até foi passar o fim do ano à Argentina.
O sucesso subiu-lhe à cabeça. Até já falta aos treinos. É pena.
Que bela ironia, Dina Silva! Eu mereci-a.