Duas semanas antes da queda do Banco Espírito Santo (BES), a instituição financeira, na época liderada por Ricardo Salgado, pagou a Amílcar Morais Pires, então seu administrador-executivo, mais de um 1 de euros a título de indemnização pela sua saída do banco.
A notícia avançada pelo Correio da Manhã nesta segunda-feira, dá conta que o acordo foi assinado a 23 de julho de 2014.
O acordo, a que o jornal teve acesso, indica que a indemnização recebida por Morais Pires, no valor bruto de 1.080.772 euros, “abrange todos os créditos vencidos à data da cessação do contrato de trabalho e todos os créditos exigíveis em virtude dessa cessação”.
Além da indemnização, adianta o matutino, o antigo gestor do BES recebeu outros benefícios: até ao final de 2014, continuou a usufruir de motorista e segurança privados pagos pelos banco e ficou ainda firmada a garantia de que, quando chegasse aos 65 anos, teria direito a uma pensão do banco.
De acordo com o CM, o acordo de cessação do contrato de trabalho com o BES foi um dos documentos que Morais Pires entregou no processo cível, interposto pelo Fundo de Pensões do Novo Banco e a sua entidade gestora GNB, em que contesta o corte aplicado à sua pensão de reforma. O documento foi junto ao processo como forma de provar que o gestor tem direito à pensão de reforma quando atingir os 65 anos de idade.
Morais Pires ficou com direito a receber uma reforma bruta de 43.950 euros por mês. Contudo, em 2017, o Fundo de Pensões do Novo Banco reduziu a pensão para 11.500 euros, o que levou o gestor a contestar a decisão.
O banco pagou indemnização a Morais Pires a 23 de julho de 2014. Uma semana depois, a 30 de julho, o BES apresentou prejuízos de quase 3,6 mil milhões de euros, no primeiro semestre do ano. A 4 de agosto, o Banco de Portugal avançou com a medida de resolução.
Morais Pires foi um dos ex-administradores que a comissão liquidatária do BES acusou, em novembro de 2017, de ter responsabilidades na falência culposa do antigo banco da família Espírito Santo.
Não me espanta! Num País onde se governa pela “amigocracia” e impera a lei do “uma mão lava a outra” as coisas funcionam assim, e funcionarão deste modo durante muito mais tempo.
Estes que receberam luvas que sejam obrigados a devolvê-las, é que os contribuintes trabalham, não roubam.
Este rato velho sabia onde pisava.
Nunca precionaram-no ele foi usando e abusando da sorte…
A familia nao fala porque sao cumplices e foram largamente beneficiada com jogadas de bastidores.