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Bolhas magnéticas explicam as “queimaduras solares” da Lua

Dados da missão ARTEMIS da NASA sugerem que o vento solar e os campos magnéticos da crosta da Lua trabalham em conjunto para produzir um padrão distinto de redemoinhos na superfície lunar.

Ao contrário da Terra, a Lua não possuiu um campo magnético global. No entanto, o satélite natural possui rochas magnetizadas perto da sua superfície que criam pequenos pontos localizados de campo magnético que se estendem desde centenas de metros até centenas de quilómetros.

Este é o tipo de informação que deve ser bem entendida para melhor proteger os astronautas da Lua contra os efeitos da radiação, tal como explica a agência espacial norte-americana em comunicado.

Por si só, as bolhas de campo magnético não são robustas o suficiente para proteger os humano da radiação severa, mas o estudo da sua estrutura poderia ajudar o cientistas a desenvolver novas técnicas para proteger futuros exploradores lunares.

“Os campos magnéticos em algumas regiões [da Lua] atuam localmente como protetor solar magnético“, explicou Andrew Poppe, cientista da Universidade da Califórnia na mesma nota, que investiga os campos magnéticos da crosta lunar a partir de dados recolhidos pela missão ARTEMIS da NASA, juntamente com simulações do campo magnético ambiental da Lua.

Estas pequenas bolhas de “proteção solar” magnética também podem desviar as partículas do vento solar, mas a uma escala muito mais pequena do que o campo magnético da Terra. Apesar de não serem suficientes para proteger os astronautas, desempenham um papel fundamente na aparência da Lua. Sob estes “mini-guarda-chuvas magnéticos”, o material que compõe a superfície da Lua (regolito) é protegido das partículas do Sol.

À medida que estas partículas fluem em direção à Lua, são desviadas para as áreas em torno das bolhas magnéticas, onde as reações químicas com o regolito ocorrem, escurecendo a superfície lunar. Este fenómeno cria os distintos remoinhos de material mais escuro e mais claro que são proeminentes que podem ser vistos desde a Terra.

ZAP //

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